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Cronista e diplomata. Filho de Rui Galvão, escrivão da câmara de D. Afonso V e notário geral do Reino, e de D. Branca Gonçalves e irmão de D. João Galvão, frade crúzio, que foi prior-mor de Santa Cruz de Coimbra em 1459 e, a seguir, bispo de Coimbra e arcebispo de Évora. Duarte Galvão foi secretário de D. Afonso V (desde 1466), de D. João II, de quem foi também conselheiro, e de D. Manuel. Os dois últimos confiaram-lhe importantes missões diplomáticas: em 1488 à corte do arquiduque Maximiliano, na Flandres; em 1505 para tratar de assuntos referentes à cruzada contra os turcos junto ao Papa Júlio II; e em 1515 ao Preste João na Abissínia, missão que não chegou a desempanhar pois faleceu na ilha do Comorim, no mar de Arábia, em 9 de Junho de 1517, quando, da Índia, seguia como embaixador para a Abissínia. D. Manuel encarregou-o de reunir as crónicas antigas da livraria do mosteiro de Santa Cruz de Coimbra e escrever a Crónica do Muito Alto e Muito Esclarecido Príncipe D. Afonso Henriques, Primeiro Rei de Portugal, dada à estampa pela 1ª. vez em 1726 e de que restam vários códices quinhentistas. A crónica de Duarte Galvão insere-se numa visão providencialista da História, que pretende justificar o destino messiânico da monarquia portuguesa na luta contra o Infiel, servindo-se da figura de D. Afonso Henriques como legitimação histórica.Segundo Barbosa Machado escreveu ainda uma Exortação feita aos soldados da Índia, hoje desaparecida.