Cantata Para Francisco Carvalho
O mar aquece a palma da mão e verdeia a alma.
Singro a água com sentido na barca. Orquídeas
no mastro trazem a força das palavras. Girassóis.
O que somos está nos dedos. Plantamos o trigo e escutamos
o vento. São crônicas das raízes amanhando faces no sono.
Marejamos distância e velamos o arco-íris na praia.
A noite sopra o mistério do Ceará. O som do atabaque
acorda os lábios. O poeta prepara a alquimia. O galope
do Pégaso ronda montanhas e cobre de borboletas a túnica
dos serafins.
Francisco Carvalho compõe sonatas leves como asas de pássaros.
O homem dorme ao som da música. O Aquilão chega, o barco à deriva.
Punhais sangram anjos maus no fim da lua.
O sol nasce, crescem pombas. O poeta veleja imagens e coloca
tâmaras em meus olhos. Sinto a cor da poesia nos poros. Banho
de eucalipto o leito. A chuva é o bálsamo do homem.
Canto o poeta que desfolha nuvens nos dentes:
vive no pêndulo do relógio de Minas. Amadurecendo uvas.
Singro a água com sentido na barca. Orquídeas
no mastro trazem a força das palavras. Girassóis.
O que somos está nos dedos. Plantamos o trigo e escutamos
o vento. São crônicas das raízes amanhando faces no sono.
Marejamos distância e velamos o arco-íris na praia.
A noite sopra o mistério do Ceará. O som do atabaque
acorda os lábios. O poeta prepara a alquimia. O galope
do Pégaso ronda montanhas e cobre de borboletas a túnica
dos serafins.
Francisco Carvalho compõe sonatas leves como asas de pássaros.
O homem dorme ao som da música. O Aquilão chega, o barco à deriva.
Punhais sangram anjos maus no fim da lua.
O sol nasce, crescem pombas. O poeta veleja imagens e coloca
tâmaras em meus olhos. Sinto a cor da poesia nos poros. Banho
de eucalipto o leito. A chuva é o bálsamo do homem.
Canto o poeta que desfolha nuvens nos dentes:
vive no pêndulo do relógio de Minas. Amadurecendo uvas.
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