Florbela Espanca
Florbela Espanca, batizada como Flor Bela de Alma da Conceição Espanca, foi uma poetisa portuguesa.
1894-12-08 Vila Viçosa
1930-12-08 Matosinhos
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Senhora! Eu bem quisera
Senhora! Eu bem quisera e todos, neste dia,
Dizer-vos num só verso alto, sentir que é nosso...
Mas, cantar-vos assim, em verso pobre e humilde...
É dizer-vos, senhora, o que eu dizer não posso.
Urna coisa, porém, vos direi no entanto...
Urna coisa onde o Sol anda a tecer canções...
É um desejo belo, é um desejo santo
Que ri a gargalhar em nossos corações:
Para que numa vida onde só há enganos,
Deus vos faça viver, senhora, tantos anos,
Tantos benditos anos, até poderdes ver
Os cabelos de luz e trevas, juvenis,
De vossos lindos filhos, suaves como Abrís,
Ao pé de vós, senhora, um dia embranquecer!
Dizer-vos num só verso alto, sentir que é nosso...
Mas, cantar-vos assim, em verso pobre e humilde...
É dizer-vos, senhora, o que eu dizer não posso.
Urna coisa, porém, vos direi no entanto...
Urna coisa onde o Sol anda a tecer canções...
É um desejo belo, é um desejo santo
Que ri a gargalhar em nossos corações:
Para que numa vida onde só há enganos,
Deus vos faça viver, senhora, tantos anos,
Tantos benditos anos, até poderdes ver
Os cabelos de luz e trevas, juvenis,
De vossos lindos filhos, suaves como Abrís,
Ao pé de vós, senhora, um dia embranquecer!
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