da Costa e Silva
Antônio Francisco da Costa e Silva foi um poeta brasileiro. Sua obra extraordinária oscilou entre o parnasianismo e o simbolismo mas sempre com um estilo próprio e inconfundível.
1885-11-23 Amarante PI
1950-06-29 Rio de Janeiro, Brasil
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Madrigal de um Louco
L u a !
Camélia
Que flutua
No azul. Ofélia
Serena e dolente,
Fria, vagando pelas
Alturas, serenamente,
Por entre os lírios das estrelas;
Santelmo aceso para a Saudade;
Luz etérea, simbólica, perdida
Entre os astros de ouro pela imensidade;
Esfinge da Ilusão no deserto da Vida!
Lâmpada do Sonho, lívida, suspensa...
Vaso espiritual dos meus cismares,
Custódia argêntea da minha crença,
Ó Rosa Mística dos ares!
Unge o meu ser, na apoteose
Da tua luz, e eu frua,
Cismando, a pureza
Da luz e goze
Toda a tua
Tristeza,
L u a !
Publicado no livro Sangue (1908).
In: SILVA, Da Costa e. Poesias completas. Org. Alberto da Costa e Silva. 3.ed. rev. e anot. Rio de Janeiro: Nova Fronteira; Brasília: INL, 1985. p.89
Camélia
Que flutua
No azul. Ofélia
Serena e dolente,
Fria, vagando pelas
Alturas, serenamente,
Por entre os lírios das estrelas;
Santelmo aceso para a Saudade;
Luz etérea, simbólica, perdida
Entre os astros de ouro pela imensidade;
Esfinge da Ilusão no deserto da Vida!
Lâmpada do Sonho, lívida, suspensa...
Vaso espiritual dos meus cismares,
Custódia argêntea da minha crença,
Ó Rosa Mística dos ares!
Unge o meu ser, na apoteose
Da tua luz, e eu frua,
Cismando, a pureza
Da luz e goze
Toda a tua
Tristeza,
L u a !
Publicado no livro Sangue (1908).
In: SILVA, Da Costa e. Poesias completas. Org. Alberto da Costa e Silva. 3.ed. rev. e anot. Rio de Janeiro: Nova Fronteira; Brasília: INL, 1985. p.89
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