ERIMAR LOPES

ERIMAR LOPES

Mil Santas palavras constroem, mas as ditas malignamente corroem e, se são fracas as bases, a essas destroem.

1971-05-10 Frei Inocêncio-MG
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QUANDO MUITO NUNCA É O BASTANTE

Não sei mais quem eu sou, estou perdido em mim, procuro a minha essência, mas não a encontro, me reputam como alguém que não sabe amar e nem conhece o que é o amor, me vejo sem rumo. Entristeço a minha alma, não sei se é injusto porque não me encontro mais, já nem sei se amei um dia alguém, não sei se exigem de mim além do necessário, não sei entender. Às vezes sou um anjo, outras frio como uma lápide. Estranho, não sei fazer o mal, todavia sou provado e considerado como tal, não sei mais o que fazer, estou preso, tenho medo, as pessoas se magoam, você é o culpado, precisam de pessoas programadas. Máquinas estragam em virtude do uso bom ou mau, não têm sentimentos, são reparáveis. Sou humano, sou cobrado, preciso me doar mais, mais, mais, cada vez mais, assuma a culpa, seja compreensivo, não te importa a compreensão de ninguém, você consegue carregar todo o peso do mundo em suas costas, você é incansável. O que noto é que sou julgado em não saber fazer o bem à altura das pessoas exigentes, a amá-las como elas querem, sinto-me inútil, desprovido de qualquer capacidade, ando mal por isso. Duro é ouvir vez ou outra alguém dizer que você não o ama, mesmo que você esteja lutando para provar, mas o seu esforço nunca é o bastante, te faz sentir como falso ou mentiroso, isso dói no coração e na alma, e não há reparo, a dor é constante, esvazia, distancia. Preciso me curar, talvez na solidão, doar para mim mesmo o que alguém recebe como ínfimo, como desprezível, sem nenhum valor. Miserável homem que sou.
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