Jorge Santos (namastibet)
Que fazer, se assombro tudo que faço de medo e a fracasso ...
1961-07-03 Setúbal
202102
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(Demente em contra-mão)
(Demente em contra-mão)
Pra mim o inferno
é onde toda'luz é rara,
Dispersa a névoa,
Suspensa no dia,
Em que tud'é pó
E no que me fizer então,
Pra mim o paraíso
é aí e só falta beber
A ira d'est'alma torda,
Que me conjura e dói,
Como o instinto aceso,
Dum louco no verão,
Pra mim o inferno
é onde me sento,
Timoneiro de cento
E um torpedeiros e penso
Se amanhã serei eu pó
Em contra-luz, eu não,
Apenas céu e vento lento,
Minh'alma sem ralho,
Bocejo de "gajo" manso,
Disperso, infeliz "à sorte"
De fruta podre e tão só...
(Demente em contra-mão)
Jorge Santos (05/2018)
http://namastibetpoems.blogspot.com
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