ETERNAMENTE MADRUGADA
Infida a tua doce negritude
Estende teus braços de pilastra
Sobre o ombro do poeta que chora
Que Sussurra,aos acordes de tua brandura.
Estende tuas ruas aos meus pés extenuados
Chora comigo Amiga; eternamente
Sopra-me um soneto, docemente
Sem quimera; sem disfarce
Guia-me casto de generosos sonhos, beija-me a tez
Embala-me,qual um belo infante
Deixa-me penetrar na tua exatidão
Na tua fímbria despojada e perene
Infinda e negra madrugada
Amo tuas mulheres, tuas artimanhas
Tuas vozes vorazes e cortantes
Nas mesas de teus bares, onde andares
Nos rostos embriagados e anônimos
Alastra-me no teu dorso
Como seiva gotejante
Como homem profeta
Como poeta das tuas histórias
Como amante dos desejos que guardas
Leva-me,ó madrugada
Infinitamente nos teus braços...
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joao_euzebio
Teus poemas me cativam de tal forma que eu leio e releio muitas e muitas vezes Parabéns
04/maio/2012