o homem
o homem constrói faróis no próprio umbigo,
faróis que sugerem lares incertos
e disparam escuridão nas ilhas
que se movem sobre os oceanos.
o homem inventa paisagens verbais
com formas e belezas literárias,
as prende eternamente nas palavras
e sofre pelo mundo não ser página.
o homem morde o relógio como ao pão
sozinho no escuro, à espera, talvez,
de um amigo – embora não saiba amar.
o homem regressa a si mesmo, infinito,
vencido. o homem se come pelas pernas.
seu tempo é sua própria indigestão.
faróis que sugerem lares incertos
e disparam escuridão nas ilhas
que se movem sobre os oceanos.
o homem inventa paisagens verbais
com formas e belezas literárias,
as prende eternamente nas palavras
e sofre pelo mundo não ser página.
o homem morde o relógio como ao pão
sozinho no escuro, à espera, talvez,
de um amigo – embora não saiba amar.
o homem regressa a si mesmo, infinito,
vencido. o homem se come pelas pernas.
seu tempo é sua própria indigestão.
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