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Marcelo Felipe Toledo Bortolotto, ou apenas, O louco no ápice dos seus 24 anos, nascido em Curitiba, vivendo em Laranjeiras do Sul, PR. Escrevendo mais do que vivendo, e consequentemente vivendo mais pelas histórias inventadas do que a própria vida.
1997-02-15 Laranjeiras do Sul, PR
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A confeiteira e seus bolos.
[...] Sete longos anos se passaram, desde a última vez em que há vi. Ao longo destes anos todos, contei os meses, as semanas, as horas, os minutos e os segundos para revê-la, pela vaga memória que reside nos meus pensamentos cotidianos, o que mais me fazia sentir saudade dela, era o cheiro dos bolos que ela preparava com tanta ternura ainda que muito embora o último que tive o prazer de provar, estivesse um tanto triste.
Sim, triste, permita-me explicar. Todos os bolos que aquela jovem condessa preparava, tinha em sua receita, muito dos teus sentimentos que carregava contigo ao longo do dia, desde o primeiro sentimento que tinha ao acordar pela manhã com o sol adentrando pela janela do teu quarto e beijando seu delicado rosto como um desejo de bom dia e boa sorte, até o que sentia ao fazer a mistura para os seus bolos, com a água gelada, o leite morno e os ovos em temperatura ambiente.
Se acordasse triste, seus bolos eram recheados de sentimentos pesados e delicados, como a calda de ameixas que ela usava junto de um suave creme de merengue, nem muito doce nem muito neutro, exatamente na medida para que os corações de quem provasse pudesse de deleitar com a sensação de um beijo da pessoa amada depois de muito separados pelo tempo e espaço, e enfim se reencontrando. Ou quando acordava alegre e radiante como o sol em um dia de verão, tinha em mente alguns ingredientes diferentes para passar o frescos e o perfume desses dias alegres, algo como raspas de laranja por cima do bolo, a sua massa regada em água de coco, chocolate branco e preto com uma cobertura no meio contendo o frescor dos morangos mais vermelhos e suculentos que os olhos humanos poderiam presenciar.
O fato é, o último bolo que eu provei, estava excessivamente triste, fazia meu coração pesar e os olhos se derramar em rios de lágrimas. A minha queria e amada confeiteira, no dia em questão, estava de partida sem data de retorno prevista. Era aterrorizante pensar que, não saberia a data em que meus olhos poderiam se aconchegar nos dela, em um abraço de almas pelas janelas de suas gaiola. Mas fiz uma promessa em silêncio para ela, que mesmo sem que uma palavra fosse pronunciada ao menos, ela entendeu e concordou com o que foi prometido.
Havia te prometido, jamais em hipótese alguma, provar outro bolo que não o dela levasse o tempo que fosse. E assim se foram os longos sete anos, passando como os pássaros em migração, como as estações em transição. Neste meio tempo, vaguei pelas confeitarias da cidadezinha de Nautilus, apenas vendo o que tinham de melhor no quesito bolos, sem que provasse qualquer um deles, apenas degustava com os olhos e olfato. Em cada uma das confeitarias que passava certo tempo do meu dia, eu dedicava além dos meus sentidos e tempo de vida, as minhas palavras descritivas e imaginativas do que seria e qual sabor teriam aqueles belos bolos enfeitados cheios de requinte e sofisticação. Muito embora, alguns dos mais belos e perfumados bolos que vi e degustei com os olhos, me chamassem a atenção e me tentassem a quebrar a promessa e cair na tentação do desejo em prová-los, eu me mantive firme e forte como meu amor pela dama dos meus sonhos.
Levou cerca de seis anos e nove meses para que "o livro dos sabores" ficasse pronto, foi assim que o chamei. O livro dos sabores. E mesmo que não tivesse de fato provado nem um dos bolos, a descrição imaginativa era quase fiel ao sabor, segundo alguns dos leitores que adquiriram o livro, fazendo o sucesso de vendas exponencial por servirá muito bem como um guia de sabores da cidade de Nutilus, garantindo certa riqueza e calmaria de serviços pesados para este que vos escreve.
Comprei então, uma bela casa não muito grande não muito pequena, apenas na medida, com um vasto terreno plano repleto das mais belas árvores frutíferas mais saborosas e perfumadas de toda a pequena ilha onde a cidade se localizava. Tinha ao fundo da casa, um jardim de vidro para fins de tarde em relaxamento com a companhia de xícaras de chá. A casa em si, era rustica, de madeira, com cheiro de saudade e aconchego misturados com calmaria e amor, por todas as paredes que se olhava, via-se livros de receitas de bolos, doces e outras guloseimas e também alguns de histórias de reinos encantados e contos de fadas para que a mente pudesse viajar na companhia do chá e dos doces.
Meus afazeres diários, consistiam em ver o sol nascer, ouvir o canto dos pássaros e senti o perfume do pomar em passeios matutinos, sentar-me em uma namoradeira para ver o sol se por, e dar boa noite e boas vindas a chegada da lua. Entre um passa-tempo e outro, me pegava pesando nela, contando as horas sem saber quando poderia vê-la novamente. Minha casa se localizava no topo da colina alta, onde poderia ver o sol e a luz, as ondas do mar e as estrelas refletidas no espelho oceânico, onde eu podia ver toda a cidade, prever a chega dos barcos com suas mercadorias e especiarias, e pessoas do grande continente do outro lado do oceano que vinham em busca de aventuras gustativas e palatáveis. Motivo? O livro dos sabores.
Não querendo me gabar, mas o reconhecimento como cidade turística, se deve ao livro qual eu escrevi. Mas voltando ao foco central. Era 23 de setembro, o primeiro dia de primavera e também o mais perfumado do ano. Como de costume, naquele dia já pela manhã me levanto e dou bom dia ao sol e ao vasto oceano azul que reluzia o dourado dos raios do sol, servi de uma xícara de chá e fui para a varanda sentar-me na namoradeira como sempre, ouvindo o canto dos pássaros e sentindo o vento perfumado e salgado.
Me aprontei para descer a cidade, comprar um pouco de açúcar e outras coisas que estavam por acabar em meu estoque alimentício. Então, ia eu descendo a nem tão íngreme colina floridas, quando avisto ao horizonte, o mesmo barco que a sete anos atrás havia levado o meu grande amor para longe de meu coração. Era inconfundível, "Princesa Helena II" era o nome da embarcação, e pude ter pela certeza, assim que o mesmo atracou ao porto.
Rapidamente, meu pobre coração sofredor, deu-se em pulos de alegria e esperança de que ela estivesse voltando para casa. No mesmo segundo, meus passos aceleraram o compasso, me levando ao pé da colina e início da cidade. Me dirigi rapidamente ao porto afim de logo encontrar a outra metade do meu coração que havia partido.
Com toda a esperança e saudade que transbordava em meus olhos, sequer prestei atenção no tempo que fazia na ilha. Embora houvesse sol e fizesse calor, vinha do outro lado da ilha algumas nuvens negras e tempestuosas.
Chegando ao porto, me deparo com a cena mais bela que poderia ver com meus olhos alegres e apaixonados, era ela realmente. Linda como sempre, com teus cabelos negros e encaracolados, os lábios grossos e carnudos como me lembrava, a pele tão branca quanto a neve que caia nos meses de inverno, e um sorriso radiante capaz de ofuscar até mesmo o sol, sem esquecer aqueles olhos cor de mel esverdeado com leves manchas negras pintando toda a íris.
Enfim, meus olhos e braços com saudade e cansados de esperar, puderam novamente se entrelaçar ao corpo delicado e frágil de minha amada, Taísa.
Corri em direção a ela, com todo o amor que havia guardado para dar-lhe, e toda a saudade estampada em minha face, corri e ao chegar bem diante dela, disse.
- Obrigado, grande e vasto oceano, obrigado por trazer de volta o meu grande amor.
Sem que pudesse conter a saudade, ambos desabam em lágrimas juntos, colados um ao outro. Então tomei ar aos pulmões e disse olhando aos olhos dela, segurando suas mãos quentes e macias.
- Vamos, sem demora, vamos até minha casa e lá, te sirvo um chá e então tu me conta dos longos anos fora, como foram e como era a tua vida longe de Nautilus e do seu amado e fiel freguês.
E sem demora, fomos juntos em meio a conversas, troca de olhares e sorrisos posteriormente, fomos até o cume da colina onde residia toda minha vida.
Chegamos, e fui mostrar a casa para ela, mostrei os muitos livros de culinária e confeitaria, mostrei o pomar, mostrei também o jardim de vidro, e sem esquecer, mostrei também a bela cozinha que havia construído pensando nela.
Faltou-lhe palavras para expressar tudo que sentia, mas não me importava tanto assim, apenas desejava de coração saber como tinha sido todos estes anos longe, queria saber de tudo que havia feito até o dia de sua volta para a ilha. Então, ficamos horas sentados na namoradeira conversando sobre os anos, sobre as mudanças e aprendizados, ficamos horas até perder a noção do tempo, e quando nos demos conta a lua já estava aparecendo no horizonte.
Eu e ela, adentramos de mãos dadas a casa, e nos dirigimos até a cozinha onde fiz-te um pedido.
- Oh Taísa, meu grande e esplêndido amor, desejas tua vida comigo dividir, nesta casa que te pertence mais que a mim mesmo?
Pudesse eu, prever o tempo e suas árduas intempéries. Taísa disse-me que já havia se casado com um grande e rico conde do outro lado do oceano, o qual possuía grandes fábricas de confeitaria. Falta de atenção a minha, pois como não pude ver o grande anel de brilhantes em seu dedo. Tolo, como pude ser tão tolo.
Enfim, depois de me explicar toda a situação enquanto preparava um bolo para acompanhar o chá, em meio a tempestade de começava a cair. Pasmo com o fim da história, só pude compreender e aceitar, aquele amor, jamais me pertenceu. Ela ela dormiu em minha cama, e eu sem sono, continuei no comodo de baixo, olhando aquele bolo quase tão triste e ao mesmo tempo alegre, quanto eu.
No outro dia, bem cedo, ela partiu sem se despedir.
Sim, triste, permita-me explicar. Todos os bolos que aquela jovem condessa preparava, tinha em sua receita, muito dos teus sentimentos que carregava contigo ao longo do dia, desde o primeiro sentimento que tinha ao acordar pela manhã com o sol adentrando pela janela do teu quarto e beijando seu delicado rosto como um desejo de bom dia e boa sorte, até o que sentia ao fazer a mistura para os seus bolos, com a água gelada, o leite morno e os ovos em temperatura ambiente.
Se acordasse triste, seus bolos eram recheados de sentimentos pesados e delicados, como a calda de ameixas que ela usava junto de um suave creme de merengue, nem muito doce nem muito neutro, exatamente na medida para que os corações de quem provasse pudesse de deleitar com a sensação de um beijo da pessoa amada depois de muito separados pelo tempo e espaço, e enfim se reencontrando. Ou quando acordava alegre e radiante como o sol em um dia de verão, tinha em mente alguns ingredientes diferentes para passar o frescos e o perfume desses dias alegres, algo como raspas de laranja por cima do bolo, a sua massa regada em água de coco, chocolate branco e preto com uma cobertura no meio contendo o frescor dos morangos mais vermelhos e suculentos que os olhos humanos poderiam presenciar.
O fato é, o último bolo que eu provei, estava excessivamente triste, fazia meu coração pesar e os olhos se derramar em rios de lágrimas. A minha queria e amada confeiteira, no dia em questão, estava de partida sem data de retorno prevista. Era aterrorizante pensar que, não saberia a data em que meus olhos poderiam se aconchegar nos dela, em um abraço de almas pelas janelas de suas gaiola. Mas fiz uma promessa em silêncio para ela, que mesmo sem que uma palavra fosse pronunciada ao menos, ela entendeu e concordou com o que foi prometido.
Havia te prometido, jamais em hipótese alguma, provar outro bolo que não o dela levasse o tempo que fosse. E assim se foram os longos sete anos, passando como os pássaros em migração, como as estações em transição. Neste meio tempo, vaguei pelas confeitarias da cidadezinha de Nautilus, apenas vendo o que tinham de melhor no quesito bolos, sem que provasse qualquer um deles, apenas degustava com os olhos e olfato. Em cada uma das confeitarias que passava certo tempo do meu dia, eu dedicava além dos meus sentidos e tempo de vida, as minhas palavras descritivas e imaginativas do que seria e qual sabor teriam aqueles belos bolos enfeitados cheios de requinte e sofisticação. Muito embora, alguns dos mais belos e perfumados bolos que vi e degustei com os olhos, me chamassem a atenção e me tentassem a quebrar a promessa e cair na tentação do desejo em prová-los, eu me mantive firme e forte como meu amor pela dama dos meus sonhos.
Levou cerca de seis anos e nove meses para que "o livro dos sabores" ficasse pronto, foi assim que o chamei. O livro dos sabores. E mesmo que não tivesse de fato provado nem um dos bolos, a descrição imaginativa era quase fiel ao sabor, segundo alguns dos leitores que adquiriram o livro, fazendo o sucesso de vendas exponencial por servirá muito bem como um guia de sabores da cidade de Nutilus, garantindo certa riqueza e calmaria de serviços pesados para este que vos escreve.
Comprei então, uma bela casa não muito grande não muito pequena, apenas na medida, com um vasto terreno plano repleto das mais belas árvores frutíferas mais saborosas e perfumadas de toda a pequena ilha onde a cidade se localizava. Tinha ao fundo da casa, um jardim de vidro para fins de tarde em relaxamento com a companhia de xícaras de chá. A casa em si, era rustica, de madeira, com cheiro de saudade e aconchego misturados com calmaria e amor, por todas as paredes que se olhava, via-se livros de receitas de bolos, doces e outras guloseimas e também alguns de histórias de reinos encantados e contos de fadas para que a mente pudesse viajar na companhia do chá e dos doces.
Meus afazeres diários, consistiam em ver o sol nascer, ouvir o canto dos pássaros e senti o perfume do pomar em passeios matutinos, sentar-me em uma namoradeira para ver o sol se por, e dar boa noite e boas vindas a chegada da lua. Entre um passa-tempo e outro, me pegava pesando nela, contando as horas sem saber quando poderia vê-la novamente. Minha casa se localizava no topo da colina alta, onde poderia ver o sol e a luz, as ondas do mar e as estrelas refletidas no espelho oceânico, onde eu podia ver toda a cidade, prever a chega dos barcos com suas mercadorias e especiarias, e pessoas do grande continente do outro lado do oceano que vinham em busca de aventuras gustativas e palatáveis. Motivo? O livro dos sabores.
Não querendo me gabar, mas o reconhecimento como cidade turística, se deve ao livro qual eu escrevi. Mas voltando ao foco central. Era 23 de setembro, o primeiro dia de primavera e também o mais perfumado do ano. Como de costume, naquele dia já pela manhã me levanto e dou bom dia ao sol e ao vasto oceano azul que reluzia o dourado dos raios do sol, servi de uma xícara de chá e fui para a varanda sentar-me na namoradeira como sempre, ouvindo o canto dos pássaros e sentindo o vento perfumado e salgado.
Me aprontei para descer a cidade, comprar um pouco de açúcar e outras coisas que estavam por acabar em meu estoque alimentício. Então, ia eu descendo a nem tão íngreme colina floridas, quando avisto ao horizonte, o mesmo barco que a sete anos atrás havia levado o meu grande amor para longe de meu coração. Era inconfundível, "Princesa Helena II" era o nome da embarcação, e pude ter pela certeza, assim que o mesmo atracou ao porto.
Rapidamente, meu pobre coração sofredor, deu-se em pulos de alegria e esperança de que ela estivesse voltando para casa. No mesmo segundo, meus passos aceleraram o compasso, me levando ao pé da colina e início da cidade. Me dirigi rapidamente ao porto afim de logo encontrar a outra metade do meu coração que havia partido.
Com toda a esperança e saudade que transbordava em meus olhos, sequer prestei atenção no tempo que fazia na ilha. Embora houvesse sol e fizesse calor, vinha do outro lado da ilha algumas nuvens negras e tempestuosas.
Chegando ao porto, me deparo com a cena mais bela que poderia ver com meus olhos alegres e apaixonados, era ela realmente. Linda como sempre, com teus cabelos negros e encaracolados, os lábios grossos e carnudos como me lembrava, a pele tão branca quanto a neve que caia nos meses de inverno, e um sorriso radiante capaz de ofuscar até mesmo o sol, sem esquecer aqueles olhos cor de mel esverdeado com leves manchas negras pintando toda a íris.
Enfim, meus olhos e braços com saudade e cansados de esperar, puderam novamente se entrelaçar ao corpo delicado e frágil de minha amada, Taísa.
Corri em direção a ela, com todo o amor que havia guardado para dar-lhe, e toda a saudade estampada em minha face, corri e ao chegar bem diante dela, disse.
- Obrigado, grande e vasto oceano, obrigado por trazer de volta o meu grande amor.
Sem que pudesse conter a saudade, ambos desabam em lágrimas juntos, colados um ao outro. Então tomei ar aos pulmões e disse olhando aos olhos dela, segurando suas mãos quentes e macias.
- Vamos, sem demora, vamos até minha casa e lá, te sirvo um chá e então tu me conta dos longos anos fora, como foram e como era a tua vida longe de Nautilus e do seu amado e fiel freguês.
E sem demora, fomos juntos em meio a conversas, troca de olhares e sorrisos posteriormente, fomos até o cume da colina onde residia toda minha vida.
Chegamos, e fui mostrar a casa para ela, mostrei os muitos livros de culinária e confeitaria, mostrei o pomar, mostrei também o jardim de vidro, e sem esquecer, mostrei também a bela cozinha que havia construído pensando nela.
Faltou-lhe palavras para expressar tudo que sentia, mas não me importava tanto assim, apenas desejava de coração saber como tinha sido todos estes anos longe, queria saber de tudo que havia feito até o dia de sua volta para a ilha. Então, ficamos horas sentados na namoradeira conversando sobre os anos, sobre as mudanças e aprendizados, ficamos horas até perder a noção do tempo, e quando nos demos conta a lua já estava aparecendo no horizonte.
Eu e ela, adentramos de mãos dadas a casa, e nos dirigimos até a cozinha onde fiz-te um pedido.
- Oh Taísa, meu grande e esplêndido amor, desejas tua vida comigo dividir, nesta casa que te pertence mais que a mim mesmo?
Pudesse eu, prever o tempo e suas árduas intempéries. Taísa disse-me que já havia se casado com um grande e rico conde do outro lado do oceano, o qual possuía grandes fábricas de confeitaria. Falta de atenção a minha, pois como não pude ver o grande anel de brilhantes em seu dedo. Tolo, como pude ser tão tolo.
Enfim, depois de me explicar toda a situação enquanto preparava um bolo para acompanhar o chá, em meio a tempestade de começava a cair. Pasmo com o fim da história, só pude compreender e aceitar, aquele amor, jamais me pertenceu. Ela ela dormiu em minha cama, e eu sem sono, continuei no comodo de baixo, olhando aquele bolo quase tão triste e ao mesmo tempo alegre, quanto eu.
No outro dia, bem cedo, ela partiu sem se despedir.
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