Carlos Silva

Carlos Silva

O Músico, poeta cantor e compositor CARLOS SILVA, segue a trajetória de cantadores utilizando o canto falado em seus shows, palestras e apresentações em unidades de ensino fundamental e superior.

1963-04-14 São Paulo
20272
1
9


Alguns Poemas

O TAPETE DE DEUS


A natureza é um manto costurado pelas mãos de Deus, para enfeitar o jardim da criação.
O Homem, (também criado por Deus), seria a peça chave designado para CUIDAR e proteger com toda sua dedicação, a esse vasto tapete ornado de cores tantas em sua vegetação sublime, onde várias vidas por aqui habitada.
Fauna e flora, rios e cachoeiras abundantes riquezas minerais, vegetais e o animal do homem, nao entendeu que ele estava ali para cuidar de Tudo, e principalmente dos outros animais, estes chamados de irracionais.
Mas o homem, movido pela desobediência e ambição percebeu que desmaiando a mata e matando os animais, tornar-se-ia rico, abastado e poderoso.
Deus? NAO! Deus nao faria mais parte das suas ações, e nao seria mais necessário obedece-lo.
Assim, com o avanço do tempo, foram sumindo árvores frondosas, pássaros raros, rios e cachoeiras conheceram o mercúrio com o poder das bombas que rasgavam a terra e nos leitos dos rios procuravam pedras que brilhassem, e que muito valor tivesse no mercado.
Brancos arrogantes, faziam fortunas no mercado negro.
Negro, porque negro se eram os brancos que de forma desumana tingia de várias cores o jardim que Deus plantara e a este entregara sob recomendações de cuidados?

Araucárias, jequitibás, sucupiras, mognos, Cedros, aroeira, até onde a Lei (amparada numa justiça que se diz cega) ajudou destruir tantas madeiras de lei?
De quem é a terra? De Deus e dos bichos, mas o homem aprendeu fazer arame, cercou o quanto quis, queimou o resto, e tem por seu o que nunca lhe pertenceu.
DEUS? NÃO! No mundo quase destruido pelo homem, eles dizem que o Criador de tudo, nao é mais dono de nada.
Assim pensam eles. Deixe-mo-los que assim pensem, pois hão de prestar contas de tudo e por tudo, no momento que se fizer necessário.
Mas isso, só o dono de todo esse tapete, saberá agir no justo momento, onde nao mais cairá em vão uma árvore e nenhuma vida mais será ceifada.

Carlos Silva..

BRASIL UMA NAÇÃO POLITIZADA.


O pré candidato ao pleito que orgulhosamente disputará nessas eleições, e para mostrar ao seu eleitorado a sua (Força política), exagera nos gastos com churrascos regados a cerveja e cachaça de tudo que é tipo, com a estupidez de muitos fogos de artifícios nessas ações  organizadas pelos coordenadores de sua campanha (COMO SE FOSSEM MERCADORES ANUNCIANDO A CHEGADA DOS SEUS PRODUTOS), aliás eu não entendo onde está a alegria ou a graça de soltar esses fogos que prejudicam a audição dos seres humanos e de animais, desrespeitando até mesmo os enfermos em postos de saúde que lutam pela sua recuperação num leito de alguns hospitais.(quando acham vagas)

E tem mais gastos:
Gasolina (a vontade, nos postos dos seus aliados, é claro) para carros e muitas motos contratadas ate mesmo de outras localidades, pois o importante mesmo, é fazer número para encher os olhos dos idiotas, e provocar barulhos infernais.ppr onde passam.

Essa FARRA ELEITOREIRA, Nem o ATUANTE T.R.E. consegue impedir a sua prática, por entender que é um ato legal e cívico para uma boa e saudável campanha eleitoral.

É exatamente aqui, e por aqui, (Nessas manifestações legalizadas) que começam os conchavos a variação cambial ou mercantilismo de oportunidades, devido aos apoios, e empréstimos bem consignados venha de onde vier.
injeção de quantias para se ACERTAR DEPOIS, serão sempre bem vindas.

Se eleito, onde estaria o dinheiro que viria para a saúde, educação, transporte, cultura (ESSA É SEMPRE LEGADA AO 3° ou 4° plano) esporte, infraestrutura etc etc etc.

O FPM e outros fundos da União ou do Estado, além das suas arrecadações municipais, não são suficientes para arcar com TANTA DESPESA QUE O POVO CAUSA NUM GESTOR.

O próprio gestor lamenta e se dirige aos órgãos de imprensa dizendo em seu discurso de desabafo em auto e bom tom:

" É lamentável a situação do nosso município é lamentávelmente uma das piores de toda regiao.
Vejam Senhoras e Senhores, público presente e famílias representadas.
Eita povo miserável que gera tanto custo num município.
São gastos absurdos para cuidar dessa cidade Quando não é com esse negócio de Educação, inventaram uma tal de cultura que só presta pra gastar com festas e coisas sem futuro.
E olhem que eu me esforço tanto, mas nem com as emendas parlamentares e nem com os precatórios ou empréstimos compulsórios ou suplementação orçamentária e nem mesmo utilizando fundos de reservas, eu tenho condições de entender como um povo gasta tanto".
Até professorzinho faz greve pra ensinar o Vê a BA. Ô povo que reclama de barriga cheia é essa classe de professor!


Os seus apoiadores puxam os aplausos e empolgam uma plateia minúscula.
Eles olham para o povo presente com cara MUITO FEIA para que esse mesmo povo (sem outra alternativa), também aplaudam o competente gestor, que até chora ao se pronunciar de forma tão eloquente para os seus munícipes.

Mas o Sr. Fulano é letrado, competente, ama nosso povo, é filho dessa terra e fará a melhor administração que essa cidade já viu acontecer.

Entra dia e sai dia, (Vem a análise dos 100 dias) semanas passam, meses passam totalizando os 1460 dias da sua gestão e lá vem ele de novo com as suas respectivas e tão praticáveis e costumeiras promessas, com a farra dos churrascos, cervejas, a gasolina, os fogos, os empréstimos, os APADRINHAMENTOS quem sabe até a sua nova gestao sendo reeleito, pois o povo (Além de IMBECILICA massa de manobra) tem a memória curta gerada ainda pelo efeito do álcool e das promessas da campanha anterior.

O que? Sim! Elegeu-se de novo.
Teremos mais 1460 dias, que somados totalizarão : 2920 dias de uma administração incomparável e totalmente incontestável.
E os desvios de verbas? Pergunta o nobre diarista *Joaquim do Futuro Incerto da Conceição de Souza*

Você prova? Revate Indagando *João da Esperança da Silva*, que sempre foi um fiel Cabo eleitoral do gestor, e que nada tinha no início, mas no final da honesta gestão do seu administrador, conseguiu acumular fortuna que não a teria com sua atividade de feirante, pois foi isso que fez em toda sua existência naquele pedaço de chão.

Conversa encerrada, vida que segue.
Pra onde?
Pergunte ao povo.


Nota do autor:
Nossa narrativa, é baseada numa visão fictícia, esclarecendo que todo fato aqui apresentado não tem ligação alguma com nenhum cidadão e se por acaso tiver, será pura e mera coincidência.


Carlos Silva

PELE PRETA

---------------------
Negro tens a pele preta,
Os teus ossos são branquinhos
e teu sangue é vermelho.
Só não enxerga,
quem não tem um lado humano,
onde a alma não reflete, sua imagem num espelho.

Negro tua liberdade,
não vem lá de um engenho
dos ditos canaviais
Vem da mãe Africa
pátria chão amada terra,
linhagem que não emperra, teus saberes naturais.

A cor da tua pele preta,
por espíritos destrutivos
aqui te castigou demais
Em louvação
Evocou os deuses de longe trazidos
Com as bençãos dos ancestrais.
----------------------

A MINHA (A SUA E A NOSSA) CONSCIÊNCIA É NEGRA.
---------------------------------------------------------------------

Não!
Eu não sou filho de navio negreiro, pois nem por ele e nem por seus senhores perversos fui convidado com cortesia para atravessar os mares. Fui tratado assim: Sem se importarem com as minhas crenças, nas terras onde eu era rei, onde haviam príncipes, princesas, súditos, onde entoávamos nossos cantos, fazíamos nossas oferendas e brincávamos felizes ensinando aos menores as nossas tradições, que como eles, aprendíamos desde cedo para termos um respeito e um contato maior com o criador do universo, da natureza, das estrelas, e de tudo que nossas crenças contemplavam em reverência ao Ser supremo.
NÃO! Não me deram a chance de lhes apresentar o que éramos lá no nosso continente, onde vivíamos para servir aqueles que de algum tipo de proteção careciam. Tiraram-nos das nossas terras sem nos apresentar e tampouco sem medir essas tais irmandades que tanto ouvi falar desde criança, e nenhum tipo de religiosidades, daquelas que dizem que unem os seres habitantes na terra através do amor ao próximo.
Eu fui arrancado do seio da minha tão adorada terra, e trazido como se bicho (eu e tantos outros corpos de almas já quase perdidas) fossemos.
Vi corpos dos meus irmãos ao mar lançados, como se nada fossem, por estarem fracos e doentes devidos aos maus tratos recebidos na travessia das águas que a cada instante, arremessavam-nos para outros horizontes, deixando em nós o rufar de uma saudade como se fosse um sagrado tambor a pulsar nos nossos corações.
Foram estes uteis aos peixes, pois desconheceram o sofrimento pelo quais passamos ao chegar em terra firme, numa terra estranha, de gente estranha, que media a sua desumanidade pela cor da nossa pele.
Expostos, feito mercadorias. Apalpavam-nos, abriam nossas bocas, examinavam os nossos corpos como se vissem em nós suas mulas humanas para um trabalho desumano. Vendidos em lotes, separados por compradores, víamos o que tínhamos como parentes e membros de nossa família, sendo levados já acorrentados sofrendo os maus tratos pelo corpo, já que o sofrer da alma, era bem maior que os castigos físicos que estariam por vir.
Não! Os verdes prados da minha terra não seriam mais avistados, pois deixamos para trás com a certeza de nunca mais receber nos olhos, o brilho do nosso sol da mãe África.

Até nunca... até nunca mais meu chão sagrado. Creio que este era o maior lamento do nosso povo, preso em correntes pelas mãos e pés. Adeus liberdade, pois a partir daquele momento, seríamos usados para servidão dos mais cruéis tratamentos dispensados a um ser humano.
Um dia, apresentaram-nos a Lei do ventre livre, também chamada de Lei Rio Branco, (Lei número 2040) datada de 12 de maio de 1871, promulgada em 28 de setembro daquele ano. Os filhos dos escravos nasceriam livres da servidão. (LIVRES?) Que já se arrastava por anos e anos.
De certa forma uma conquista que teria sim, um avanço para o começo do fim da escravidão.
Assim, uma nova Lei seria apresentada, de número 3.353 datada de 13 de maio de 1888, que assinada por uma Princesa por nome Isabel Cristina Leopoldina Augusta Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga de Bourbon Orleans de Bragança que extinguia de vez a escravidão no Brasil, país ao qual meu povo servia com lágrimas suores e sangue exaustivos nas labutas.
Pedaços de nós, ficaram nos pelourinhos após receber os açoites cruéis das chibatas que cortavam nossas carnes.
LIBERDADE... O NEGRO ESTÁ LIVRE... EU SOU LIVRE...LIVRE...LIVRE...LIVRE?
LIVRE? Como livre? Não tínhamos casas, nem terras, nem para onde ir, pois nada conhecíamos (ALÉM CERCAS) um pedaço de papel dizia que éramos livres, mas as nossas identidades estavam perdidas nos canaviais. Nossos sonhos, nossos desejos, nossas famílias, nossos irmãos, nossos parentes. Onde estavam todos?
Como recomeçar? Continuávamos sendo pretos, e só sabíamos obedecer.
Chegamos (Sabendo lidar com toda indiferença) ao avanço dos anos que vieram. Nossas senzalas, agora eram as favelas nos centros urbanos, enfiados lá numa periferia onde almas não residiam, e assim, fomos criando nossos quilombos, ajuntando aos poucos os nossos parentes e irmãos de peles de alma, de sangue de África, de Brasil de Banto, de orixás, de candomblés, de feijoadas, de crenças de gestos e costumes dos nossos ancestrais.
Superamos alguns sofrimentos, mas um outro nos acompanharia por onde quer que fossemos: ERAMOS NEGROS – ALFORRIADOS, MAS NEGROS, PESSOAS DE PELES PRETAS, que contrário aos brancos, residiam melhores, comiam melhor, dormiam melhor, viviam melhor e quando remunerados, éramos os de menores valores.
Estudamos, aprendemos outras profissões, erguemos junto a tantos discriminados, as maiores cidades do país.
Em cada canto de parede erguida, tem a marca do suor dos negros, dos menos abastados, dos aventureiros, de outros imigrantes, e de brasileiros sem muita escolaridade vindos do Nordeste, do Norte e de várias partes do mundo.
Recebemos Quotas, chegamos a faculdade, formamo-nos, ocupamos espaços onde BRANCOS X NEGROS travaram juntos as batalhas para vencermos nossas diferenças.
Está tudo ás mil maravilhas? NÃO! Mas algo mudou e tomara quem mude para melhor. Até o final do nosso existir, iremos sempre acreditar que somando, superaremos nossas diferenças e dificuldades pelas quais a vida e a má informação fizeram-nos passar.
Fim
Da narrativa, desejando que também seja o FIM de todo preconceito que nos desumaniza.


Carlos Silva (75) 99838 -5777
cscantador@gmail.com

O DESPERTAR DE UM NOVO DIA


“O MUNDO DEU UMA REVIRAVOLTA”
Acumulamos muitas perdas, e por vezes choramos, até por aqueles que nunca vimos, mas que tomamos ciência do seu existir, após as suas respectivas partidas. 
Sim, eles se foram. Dentre eles, elas também.
Vidas interrompidas, sonhos diluídos como num sopro leve, numa angustia onde o ar, fez muita falta.
Ultrapassamos em nosso globo terrestre mais de um milhão de vidas ceifadas pelo corona vírus.
A cada 100 anos (como com um pretexto de diminuir a raça humana) uma onda de infecções, invade o planeta.
Quando não por guerras, bombas, misseis, e as contaminações ou fabricadas em laboratórios, ou oriundas de quem sabe de onde.
Mas o que mais (também de forma desumana, e que acredito ser pior do que a Bomba atômica), é a fome.
Silenciosa, Lenta e implacável, mas que só atinge os miseráveis criados pelo sistema de desperdícios, abandono, descaso e desumanidade.
O Coronavírus, veio desestabilizar o mundo, quebrar poderes de dominações, implantar outros interesses em quem tem mais, e muito mais crescer com a visível devastação causada por um vírus que está se mostrando mais forte que a ciência,pois está, ainda não encontrou a vacina NAO PARA COMBATE-LO, MAS ELIMINA-LO DE VEZ.
Afastou pessoas, distanciou sentimentos e excluiu muitos da sociedade que viviam alheios ou sem acreditar que tal INVASÃO pudesse acontecer e devastar com tamanha rapidez, tanta gente pelo mundo afora.
Vale ressaltar, que antes dessa pandemia, tivemos outros CONTRIBUINTES DEVASTADORES DA HUMANIDADE:
• Aids
• Ebola
• Febre Amarela
• Gripe Espanhola
• Malária
• Poliomielite
• Sarampo 
• Tifo
• Tuberculose
• Varíola 

Os estudiosos sei que tem o número exato de mortes causadas por estas doenças, e devem ser assustadores.


PERGUNTEMO-NOS:
• Qual o aprendizado, em que melhoramos ou em que pioramos, quais as perspectivas para o futuro, como encarar tudo daqui por diante, o acumulo de fortunas ainda é necessário, uma nova onda E MAIS DEVASTADORA cairá sobre a terra, E DEPOIS DO CORONAVIRUS O QUE TEREMOS QUE ENFRENTAR MAIS ADIANTE, Haverá alimento para suprir a demanda no mundo, as nossas produções agrícolas no Brasil, serão suficientes para consumo ou a exportação far-se-á mais necessária para capitalizarmos e equilibrar o PIB da nação enquanto abastecemos o mercado externo e corremos o risco de inflacionar nossos produtos aqui para o nosso consumo?

• Qual a nossa visão religiosa, como estaremos vendo, Deus, Cristo e a religião, o que teremos de bom em nós, que possa agradar a Deus, será que já estamos de fato vivendo os momentos finais do planeta, e as pessoas que não acreditam nessa probabilidade, como estão se preparando para o seu viver futuro?
Será que tudo que vivemos até aqui, acabar-se-á em breve sem que sejamos contemplados com a recompensa da vida eterna como o Cristo prometeu, quando afirmou: NA CASA DO MEU PAI EXISTEM MUITAS MORADAS, Muitas moradas para quem e para quantos?.

No que nos tornaremos após essa epidêmica situação que trancou em casa pais e mães de famílias, que teve que se sujeitar a um auxílio emergencial do governo e que viu os produtos mais essenciais para alimentação aumentarem exorbitantemente, fazendo a quantia valer menos da metade recebida?
Que mundo estaremos vivendo, já que (Muitos acreditam baseados na fé e eu me incluo nisso) que em breve, E MUITO BREVE, tudo isso aqui vai passar e uma nova terra será refeita e haverá um paraíso na terra, em que somente os bons de coração caráter e alma nele habitarão?
Deve haver sim, uma maneira de recuperar a nossa vida, de forma mais aproximada de Deus e dos seres que realmente merecem estar guardados e protegidos num reduto onde a paz o amor e a vida plena e abundante, esteja sendo preparada para cada um, desde que, merecedores sejam, desse usufruir.
Assim, teremos uma terra repovoada onde o mal, não existirá, onde o medo, não nos atormentará, onde a morte, jamais possa nos encontrar, pois o Senhor da vida, é quem tomará conta de cada um desses merecedores.

Vivamos, com a farta e abençoada esperança de que um dia, estaremos livres de tudo que causou tanta tristeza e que por ser tão forte, jamais lembraremos das agruras por aqui vividas.
Paz a todos o tempo todo todo e a todo tempo.


Carlos Silva.
05 de Outubro do ano de 2020

UM QUERER EM POESIA



Eu queria... sim eu queria!
Queria fazer uma poesia que furasse o oco do mundo, rompesse as locas de pedras, mergulhasse numa lagoa e se estufasse em busca de um rio, e só parasse de furar o bucho do mundo quando chegasse lá no ultimo mar de não sei onde.
Lá, ela acalmaria o cais de vários portos, enxugaria as lágrimas daquelas que amam os Homens vestidos de branco e que em troco de alguns trocados trocam suas experiências deitando-se em vários corpos.
A minha poesia entraria nas sinagogas e ensinava aos escribas falantes o verdadeiro amor que o poder de uma palavra tem, sem crucificar em nome de Cristo, uma humanidade que anseia por uma benção de paz.
Adentraria nas mansões e expulsaria de lá os vícios da soberba, da prepotência e da arrogância, convertida em práticas de luxurias. Invadiria prisões e libertava os guardas das suas obrigações carcerárias, onde eles por um gesto de irmandade soltariam todos os encarcerados escravos de uma pena maior do que a merecida, imposta por um juiz que nem a vida dele mesmo é tão justa que não mereça também um castigo punitivo pelos seus atos falhos no escrutínio dos seus aposentos.
A minha poesia sobrevoaria as igrejas e ensinaria aos padres, bispos, pastores freiras e papas, o real significado do PAI NOSSO QUE ESTÁS NO CÉU.
Assinaria (não com a rubra tinta do sangue de inocentes em campos de batalha, mas com o branco da paz), um tratado que amenizasse do mundo tudo a culpa ou a condenação por tudo aquilo que não condiz com o bom viver de um ser humano que guarda e professa a sua fé no Deus criador.
Depois ela voltaria para mim, em forma de risos, desenhados de linhos flutuantes em cores azuis, anunciando que a paz no mundo foi consolidada e que os homens de boa vontade agora só falam e cantam munidos de muito amor e paz em vossos corações.
Eu queria... sim eu queria! Eu queria que a minha poesia fosse o balsamo benigno que furasse de amor os corações de todas criaturas da terra... (de todos e de todas as criaturas da terra), até ver de perto como uma borboleta beija seu próprio casulo anunciando a chegada de mais uma vida para enfeitar o mundo de um colorido admirável.

Eu queria... sim eu queria! era só o que eu queria. Que a vida me provasse com amor, como é bonito rico e possível vencer e eliminar o ódio dos corações que foram manchados por coisas tão banais.
Carlos Silva.

LEVITANDO JUNTO AO MAR

LEVITANDO JUNTO AO MAR

Feito sopro raivoso de vento no mar, cá estou eu revolto em meus pensamentos, como se a brisa densa da primavera tangesse meus sonhos e deixassem que meus pés toquem e sintam a sensibilidade dos meus passos, próximo a beira da praia.
O vento insiste em brincar comigo, e sopra mais forte, as ondas estalam por sobre a areia em busca dos meus pés.
E ao encontra-los, beija com espumas a planta desses pés carregados de estradas sopradas por tantos ventos.
Ouvir o vento, sentir a areia, deixar o mar vir ao encontro dos meus pés, é tudo cronometrado por uma orquestra invisível, mas que trás a sonoridade desse sopro tão forte.
Meus ouvidos captam esse som e eu me divirto de olhos fechados, mas de mente, ouvido, coração e braços abertos para receber esses carinhos.
Agora, sinto a calmaria, e o furor do vento, tornou-se brisa suave, harmoniosa e leve.
As ondas, cumprindo o seu trajeto no seu vai e vem, ainda brincam com os meus pés, que não fazem a menor questão de afastar-se dali.
É uma recompensa relaxante dada pela natureza. Olho pro céu, estendo um sorriso pro alto, agradecendo por estar ali sendo agraciado por aquele instante e sinto que o vento atende essa minha gratidão, pois de leve, sopra-me o rosto e eu ainda com os olhos fechados, imaginando como se (tal qual o vento) também pudesse flutuar na maciez de tão bela leveza rumo ao infinito de paz .
Vejo o horizonte e sei que não é o fim do mar, pois além desse horizonte, outros tantos horizontes existem para proteger os oceanos que nos fazem viajar em sonhos náuticos, juntando pedaços de imaginação como se fosse uma colcha de retalhos de sonhos e desejos.
A mente humana vaga, voa leve sem precisar distanciar o corpo, daquele mesmo lugar onde agora estou.
Dou asas ao meu imaginar, e por elas sou conduzido a flutuar tendo um fundo um som de piano, em notas tão doces, que fazem-me ouvir as gaivotas entoar o seu canto a plainar por sobre a beleza infinita daquele mar que agora me serve de inspiração.
Vida, vida que banha, que sopra,que trás canções imaginárias, faz-me em ti também flutuar ao som das gaivotas, do piano, de ventos, das ondas desse maravilhoso e tão sagrado mar de sonhos tantos.
Paz para o meu espirito levitando sobre o mar.

Carlos Silva.
30 de Outubro de 2020.
O Músico, poeta cantor e compositor CARLOS SILVA, segue a trajetória de cantadores utilizando o canto falado em seus shows, palestras e apresentações em unidades de ensino fundamental e superior. Criado entre as cidades de Nova Soure, e posteriormente em Itamira município de Aporá, a 180 Kms de Salvador, o musico carrega em sua bagagem o aprendizado colhido no meio de feira do interior baiano. Casado com Sandra Regina, tem 05 filhos e está aguardando o primeiro neto.Em 1981, participa de uma banda musical em Itamira(Ba) TRANZA A QUATRO, numa mescla de repertorio que variava de Beatles a Luiz Gonzaga, onde dá os seus primeiros passos como instrumentista (baterista da banda) ao lado de Hélio Dantas, Zé Milton E Carlinhos. Retorna a São Paulo, em 1982 e começa trabalhar em siderúrgica e deixa um pouco a carreira de lado. Em 1997, Conhece o Maestro Vidal França e produz o primeiro demo um ano depois: O CANTO DO MEU CANTO, que conta com a participação da cantora e compositora Mazé e de Zé de Riba. Tocam na noite paulistana na região do bixiga, onde Carlos Silva, inserido no mundo artístico por Vidal França trava conhecimento com boêmios onde forma mais tarde muitas parcerias musicais. A musica de trabalho do cd era LEMBRANÇAS DE MATO GROSSO DO SUL. Um passeio cultural pelas cidades do Ms, enaltecendo a riqueza pantaneira daquele estado. Em 2000 lança um outro single: NASCEU NA BAHIA O BRASIL, por ocasião dos 500 anos do Brasil. Em 2001, produz um cd experimental regravando essas obras já lançadas, com o titulo: ABRA OS OLHOS. Em 2003 sob a produção de Ney Barbosa compositor da Chapada diamantina da cidade Rui Barbosa na Bahia, entra em studio e com o selo da JBS grava o cd: RETRATANDO. Participa de vários programas de rádio na capital Paulista, São Paulo Capital Nordeste com o pesquisador paraibano Assis Angelo e na Radio Atual com Malu Scruz. Varias Rádios comunitárias e Tvs, recebiam a arte cantada de Carlos Silva, que de mochila recheada de Cds, percorria o Brasil divulgando a sua arte de cantar e agora atribuía á sua carreira, poesias em forma de literatura de cordéis. 2003, foi o ano que conheceu a coperifa e o poeta Sergio Vaz que o convidara a participar do projeto na Zona Sul de São Paulo. Fez programas de televisão como Tv Cultura, Rede Record e rede globo, Tv Alterosa em Minas Gerais. Carlos Silva dedicando-se á literatura, é convidado a participar da antologia poética O RASTILHO DA POLVORA e de um cd de poesias da coperifa, produzidos pelo Itau cultural em São Paulo. Viaja pelo Brasil pelos Estados de Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, segue pelo Nordeste, Bahia, Pernambuco e Paraíba, agora amparado pelos cds e cordéis produzidos sempre de forma independente. 2008 Lança o mais recente trabalho fonográfico: O BRASIL EM VERSOS CANTADOS, que traz algumas parcerias com os seguintes colegas: Moreira de Acopiara, Chico Galvão, Joilson Kariri e Nato Barbosa.Morou por quase dois anos na cidade de Ilheus onde aproveitou bem essa passagem pelo sul da bahia e divulgou em Itabuna, Vitoria da Conquista a sua modalidade do canto falado. Seus principais parceiros musicais: Sandra Regina, Vidal França, Zé de Riba, Mazé Pinheiro, Lupe Albano, Karina França, Rhayfer (Raimundo Ferreira) Batista Santos, Ney Barbosa, Edinho Oliveira, Cida Lobo, Edmilson Costa, Paulo de Tarso Marcos Tchitcho e Nininho de Uauá.Forrozeando, o artista percorre a região nordeste, apresentando o seu trabalho em feiras culturais, dividindo os palcos da vida com artistas como: Azulão baiano, Zé Araujo, Cecé, Asa Filho, Antonio Barreto, Franklim Maxado, Kitute de Licinho e um punhado de gente bôa. As musicas são um filme para se ouvir, e cada frase, é um pedaço de poesia rebuscada na cultura popular e no solo sertânico chamado Brasil. Seus projetos futuros: Um novo cd, misturando versos e cantigas, o livro Poemas Versos e Canções, e muitos livretos de cordéis que pretende lançar a cada mês, para apresentação nas feiras culturais e colégios, bibliotecas e outros espaços culturais. CORDÉIS
Carlos Silva
Gostaria de poder acrescentar mais poesias, mas perdi senha e não sei mais como entrar.
16/março/2023

Quem Gosta

Seguidores