Alexandre Rama

Alexandre Rama

1987-11-19 Jaraguá do Sul
18964
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Alguns Poemas

DESTRUIDORES DE SONHOS

Cuidado com os destruidores de sonhos, eles são espertos. E quando menos esperamos eles invadem nossa a casa, roubam as nossas alegrias e esperança, nos escravizam, nos aprisionam, nos fazem criar um laço de dependência tão grande que não é mais possível ver além, de projetar nossas ideais para um futuro. Eles conseguem no silêncio – com um rosto bonito e com um belo sorriso – roubar nossos sonhos como um vírus que entra em nosso organismo e fica lá esperando a hora certa, o momento certo, para atacar e destruir sua vítima. Mas esses destruidores de sonhos não tem a intenção de nos matar, pois, isso seria o fim do seu hospedeiro, o que eles realmente desejam é ver a pessoa hospedeira sofrer com os julgamentos e mentiras proferidas por eles, pois, o verdadeiro destruidor de sonhos tem duas faces, a social, onde na frente de tudo e todos é uma coisa e finge ser aquilo que todos pensam ser. Muitas vezes mentindo tão bem que muitas vezes até ele mesmo acredita ser aquilo que representa. E existe a face oculta localizada bem lá no fundo onde só ele conhece e se alegra sozinho com as maldades proferidas para com as pessoas que estão ao seu lado. Mas os destruidores de sonhos não são seres capazes apenas de matar as alegrias e sonhos alheios, eles também são capazes de criar coisas e transformar as
coisas que toca, mas só as coisas que lhe convém, pois se necessário for, destroem tudo, passam por cima de tudo e todos, só para ter o gosto de dizerem – não na frente de todos é claro – pois tem um lado social a zelar, mas escondido, camuflado... “Eu disse que não daria certo! Se tivesse me ouvido.” Mas no fundo eles alimentaram um desejo mórbido de satisfação pela queda do
outro.
Mas destruidores de sonhos tem um ponto cego a ser combatido, algo que o enfraquece e os destrói que é a confiança... E é essa a palavra que deixa e coloca medo nos destruidores de sonhos, pois a única coisa que os destruidores de sonhos não são é confiantes em si mesmo. Eles são limitadíssimos em acreditar, justamente porque acreditar tem um significado de construção/esperança e como eles são desenvolvidos para destruir são desprovidos dessa palavra e sentimento. Mas você pode se perguntar em um dado momento se esses destruidores de sonhos podem adquirir à habilidade de acreditar?! Talvez sim, talvez não. Mas só sei que devemos tomar cuido, pois, deixamos essas coisas entrarem a qualquer instante em nossos sonhos e com a alegria do momento eles se camuflam, passam e se alojam, esperando o momento de falharmos e, assim, ruir com os nossos sonhos.
São assim que agem os destruidores de sonhos.

PASSOS

No princípio tudo era solidão.
Nascemos sozinhos e vagávamos pelo mundo completamente só.
O criador vendo sua criatura caminhar olhando para baixo, deu-lhe um tesouro para qual pudesse dividir o horizonte.
Neste instante o solitário se fez companheiro.
O que procurava se fez encontro.
O nada se fez tudo.
E a ausência se fez amor.
Juntos buscamos alcançar o horizonte. Olhávamos nos olhos e encontrávamos forças para seguir em frente. Com o tempo você se fez companheiro. Abrigo!
Sem perceber caminhávamos para um futuro, impulsionado por um passado e se amando intensamente num presente.
Assim se fez por toda a eternidade.
Mas como a areia que escorre em uma ampulheta, com ela também se foi a nossa vitalidade. Menos o nosso amor, este só fortaleceu.
Aprendemos com o tempo que existiam muitas formas de amar e em todas elas vivemos profundamente cada segundo do “agora” que se apresentava diante de nossa complexa realidade mortal.
Em todas essas formas de amar, eternas lembranças ficaram gravadas em nossa jornada histórica.
No fim quando o último suspiro vier nos visitar e a morte nos olhar nos olhos, não terei porque desviar meus olhos a procurar por algo, pois irei mostrar para ela do amor que na vida encontrei.
Sei que apenas fecharei meus olhos mortais, um pedaço de pele, mas minha história continuará ecoando por todo o sempre. E na minha lápide me reconheceram assim “Aqui jaz um homem que mostrou para a morte que o amor nunca morrerá.”

CONTO DE NATAL

Era noite de natal e um velho homem cansado e desgastado pela vida, vagava pelas ruas da
cidade sem saber para onde ia e nem de onde vinha, apenas caminhava pela noite a observar tudo a sua volta. E caminhando viu diferentes tipos de pessoas, pessoas que se divertiam com copos nas mãos, jovens na flor da idade fumando e rindo como se nada mais lhes importassem na vida. Meninas muito mais jovens que os rapazes desgastando suas vidas com coisas que, seus olhos cansados pelo tempo, sabiam muito bem que não levaria a nada, mas era um velho tolo e já havia quebrado à cara muitas vezes para saber que naquele momento eles mandavam
no mundo e não estavam dispostos a ouvir um simples velho.
O velho entristecido continuou a andar e viu famílias que estavam juntas por estarem, mas que
prefeririam estar em qualquer lugar, menos ali, e se lembrou da sua própria família e como foi feliz em tempos passados e como naquela época não tinha dado o devido valor às pessoas que amava. Vendo isso ele se sentiu cada vez mais sozinho e perdido sem saber para onde ir.
Mas continuou sua caminhada. E caminhando se deparou com uma Igreja e resolveu ir ver o que estava acontecendo, observou e percebeu que estava havendo uma missa e se lembrou
de que a muito não entrava numa Igreja e, assim, resolveu ficar um pouco mais.
Algumas horas lá dentro conseguiu notar que ali não era muito diferente do que vira lá fora, pessoas que simplesmente estavam ali por estarem, sem expressão, sem alegria, olhos impacientes olhando os pulsos a gritar pelos segundos correntes do tempo que se estendiam ali. O velho permaneceu ali em silêncio, apenas observando, até restar somente ele. Só, resolveu por fim sentar-se, já que não havia outro lugar para estar e o mundo lá fora estava ocupado de mais nos seus barulhos caóticos aproveitando a véspera de natal. E sozinho, faltando poucos minutos para o natal, ficou olhando Jesus na sua cruz e pensando que no fim de tudo ele continuava sozinho, durante sua vida, na cruz e mesmo depois dela, continuou sozinho como o velho se sentia naquele momento. E ali dentro daquela Igreja num misto de pensamentos e lembranças foi acordado com o sino lhe dizendo que já era meia-noite e que o natal, enfim, havia chegado e com isso acordando o velho de seus sonhos de olhos abertos. Assim dando uma ultima olhada para a cruz resolver seguir para fora e caminhar para onde isso o levasse, mas quando estava preste a se levantar ainda com os olhos fitos em Jesus, Jesus em sua cruz olhou para o velho e lhe pediu com uma voz cansada e solitária “não se vá você também, fica comigo essa noite”. E o velho olhando para a cruz voltou a se sentar e chorou por toda a humanidade.
O povo judeu na sua origem acreditavam que as palavras era o caminho mais rápido de se chegar aos ouvidos de Deus. Já que as palavras continha a própria essência de Deus. As palavras contem o poder da criação.
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Voar é sempre bom. Simboliza a liberdade, a busca dos sonhos... Voe sempre que possível!
29/maio/2017

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