SANGUE EM UMA NOITE DE VERÃO
Quantas lágrimas são necessárias para se formar um rio?
Quantos gritos são necessários para se abafar um trovão?
Ou quanto sangue para se adubar a terra?
Quantos gritos são necessários para se abafar um trovão?
Ou quanto sangue para se adubar a terra?
Olho à minha volta e sinto a dor que transborda das almas dos mortos-vivos
que caminham por essa terra.
Almas inocentes violentadas em seus castelos encantados pela frase:
"Ah, minha criança! Você não é capaz".
que caminham por essa terra.
Almas inocentes violentadas em seus castelos encantados pela frase:
"Ah, minha criança! Você não é capaz".
Quantas vezes vivemos aquilo que querem que vivamos
e deixamos de viver o que realmente buscamos.
e deixamos de viver o que realmente buscamos.
Sonhos amputados como se amputam membros em decomposição
com a esperança de salvar o restante do corpo.
com a esperança de salvar o restante do corpo.
Mas é possível uma alma viver sem sonhar?
Sonhos são afogados na latrina social que teima em dizer que tudo está perfeito.
Será?
Será?
Na pior das hipóteses que sirva de adubo para a imaginação.
Cada dia que se passa, vejo o fogo da vida ser apagado pelas lágrimas dos inocentes que lutam, pulando nas brasas, para tentar sobreviver.
Às vezes me pergunto se a morte brinca de ciranda com a humanidade.
Às vezes me pergunto se a morte brinca de ciranda com a humanidade.
E a onde está a verdade nisso tudo.
Ela fugiu.
Conheceu um carinha aí.
Um traficante qualquer que deixa ela dopada o tempo todo.
Ela nem sabe mais quem é.
Um traficante qualquer que deixa ela dopada o tempo todo.
Ela nem sabe mais quem é.
Mas na verdade,
Quem hoje dia sabe, não é?!
Quem hoje dia sabe, não é?!
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