Josée Lapeyrère

Josée Lapeyrère

1944-01-01 Gers
2007-12-28
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Alguns Poemas

excerto do poema 1/0

4.
você se lembra você se lembra que primeiro
dançamos sobre o vulcão mas onde
deixamos as frutas? ali onde tombou
a carta eu finalmente cedi ao fim
eu cedi eu terminei por ceder eu cedi e foi
delicioso eles desapareceram em uma limusine
negra eu desviei de um beijo para a vida foi
o que ela disse oh! não precisa
falar disso eles não vão suportar ela ainda
por cima põe este vestido que parece continuar
a pele eles construíram sua vida como
um teatro no campo é um trabalho duro
manter o jogo o máximo de tempo
possível antes que tudo desmorone e deslize
para fora do campo mas ele gosta de pôr fogo é um
peixe que morde as maçãs e ela é uma galinha sim
uma galinha que dá alfinetadas nele
hoje é outra coisa que vai me dar
prazer há gestos que surgem
entre as duas portas eles não foram
previstos e as pequenas cortinas nas janelas
o espaço das paredes azuis levarei apenas
algumas sacolas e meus livros de estudo
a primeira flecha foi um
mal entendido melhor que todos os outros
ela saiu do grande movimento
giratório imediatamente perdi a
idéia da possessão
(tradução inédita de Marília Garcia)
:
souvenez-vous souvenez-vous d'abord
nous avons dansé sur le volcan mais où
avons-nous laissé les fruits? à l'endroit où la lettre
est tombée j'ai finalement cédé à la fin
j'ai cédé j'ai fini par céder j'ai cédé c'était
délicieux ils ont disparu dans une limousine
noire j'ai basculé du baiser vers la vie voilà
ce qu'elle a dit oh ! il ne faut pas
parler de ça ils ne vont pas le supporter elle a
encore mis cette robe qui semble continuer
la peau ils construisent leur vie comme
un théâtre en campagne c'est un rude métier
de tenir le jeu le plus longtemps
possible avant que tout ne bascule et ne glisse
hors du champ mais c'est un incendiaire c'est
un poisson qui mord les pommes c'est une poule oui
une poule qui sait faire jouer ses couteaux à lui
aujourd'hui c'est autre chose qui me ferait
plaisir il y a des gestes qui naissent
entre deux portes ils n'étaient pas
prévus et des petits rideaux aux fenêtres
le long des murs bleus je prendrai seulement
quelques valises et mes livres de classe
la première flèche fut
un plus beau malentendu que tous les autres
elle est sortie du grand mouvement
giratoire j'ai de suite perdu
l'idée de la possession
.
.
.

Começa

começa quase sempre com um traço
uma palavra.... uma mosca que voa ou
um leopardo que atravessa o avesso
da janela....de um salto.... e entre o arco
de suas patas estiradas....eu vejo o homem
que lava os vidros....ele não viu
a fera assim como os outros sentados
em seus escritórios.... diante das telas azuis
começa com um traço...... um índice
leve uma mosca que voa....ou
uma tatuagem como a de um sol que
surge da dobra do cotovelo do lutador
as linhas negras saindo em leque
em direção a um bíceps para sempre matinal ou
o ruído da cadeira raspando
o ladrilho.....que desperta.... gritando
seus quatro pés...... um peso essa cadeira
a cadeira vermelha por que você já vai
por que não vai..........vem
aqui me dá um beijo....... me deixa uma marca
a marca dos dentes......ou das garras
a marca do chicote.......ou do vôo
da mosca......a marca de um traço no ar
(tradução de Marília Garcia, publicada no número de estréia da Modo de Usar & Co.)
:
cela commence: cela commence souvent par un trait / un mot une mouche qui vole ou / un léopard qui traverse la largeur / de la fenêtre d’un bond entre l’arche / de ses pattes étirées je vois le laveur / de carreaux lui n’a pas vu / la bête tout comme les autres assis / à leur bureau devant les écrans bleus / cela commence par un trait un indice / léger une mouche qui vole ou / un tatouage celui d’un soleil qui / jaillit de la pliure du coude du lutteur / les noirs rayons partent en éventail / vers un biceps à jamais matinal ou // le bruit de la chaise raclant / le carrelage qui réveille en hurlant / ses quatre pieds lourde est la chaise / las chaise est rouge / pourquoi tu bouges / pourquoi tu ne bouges pas viens / vers moi embrasse-moi fais-moi une marque / la marque des dents ou celles des griffes / la marque du fouet celle du vol / de la mouche celle d’un trait dans l’air
Josée Lapeyrère nasceu nos Pirineus franceses em 1944 e faleceu nos últimos dias de dezembro de 2007, em Paris, um mês após publicarmos dois poemas seus no número de estréia daModo de Usar & Co.. Prestamos aqui nossa homenagem a esta poeta, com a publicação de um excerto inédito do livro1/0. Josée Lapeyrère sempre transitou entre a escrita e as artes plásticas, chegando a participar do movimento MADI, surgido no pós-guerra, que trabalhava com uma arte geométrica de traços menos rígidos. Seus trabalhos foram expostos, entre outros lugares, no Musée National d'Art Moderne au Centre Pompidou, em Paris. Publicou seu primeiro livro de poemas Là est ici em 1976, pela editora Gallimard, ao qual se seguiram outros treze títulos. Médica e psicanalista, Lapeyrère viveu seus últimos anos em Paris.
 
 
 --- Marília Garcia
 
 
 
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