Henrique Abranches
Henrique Abranches, foi um escritor angolano. Nascido em Lisboa em Setembro de 1932 e foi para Angola logo após a Segunda Guerra Mundial. Em Sá da Bandeira inicia-se na actividade política, literária, na pintura e nos estudos etnográficos.
1932-09-29 Lisboa
2004-08-08 África do Sul
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Biografia
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Livros
Etnógrafo, escritor e artista plástico.Foi para Angola com os pais em 1947 e regressou mais tarde a Portugal para concluir os estudos secundários. Nos anos 50 regressou a Angola, onde deu início à sua carreira de etnógrafo e desenvolveu actividades de intensa militância nacionalista. Participou em exposições colectivas e realizou uma exposição individual no Museu de Angola, ao mesmo tempo que intervinha como militante no sul do país. Em 1960 trabalhava como topógrafo no Kwanza quando foi obrigado a demitir-se por pressão política. No ano seguinte realizou várias actividades no domínio da antropologia e da arte tradicional angolana e, depois do desencadear da luta armada de 4 de Fevereiro, foi preso pela PIDE, expulso de Angola e colocado em Lisboa com residência fixa.Em Lisboa integra-se na Casa dos Estudantes do Império, onde realiza um curso de Etnologia Angolana e profere várias conferências em Lisboa e Coimbra. Em 1962, perseguido de novo pela PIDE, passa à clandestinidade e foge para Paris. Entra em contacto com o MPLA e recebe ordens de Agostinho Neto para partir para Argel, onde funda o Centro de Estudos Angolanos. Nesse centro realiza vários trabalhos (por exemplo, História de Angola) em colaboração com Pepetela e outros escritores e artistas angolanos. Em 1973 parte para Brazzaville e integra a guerrilha do MPLA, onde irá desempenhar as funções de comissário político e mais tarde de comandante.Antes da independência, em 1975, regressa a Angola. No ano seguinte deixa as FAPLA e é nomeado director nacional dos Museus e Monumentos cargo que acumula com o de professor de Etnologia da Faculdade de Direito. Em 1979 abandona o cargo de professor para fundar e dirigir o Laboratório Nacional de Antropologia, onde organiza a missão etno-histórica do Soyo e a estação arqueológica de Kitala, ao sul de Luanda.Colaborou na revista Mensagem (1962), da Casa dos Estudantes do Império, de Lisboa, na revista Cultura (1958-1959), de Luanda, e no Jornal de Angola (1961), com poesia, contos e ensaio, e na revista África, de Lisboa, com um ensaio crítico (1978). Está representado em várias antologias, nomeadamente na antologia Novos Contos d'África, de Leonel Cosme e Garibaldino de Andrade (1962). Antes da independência de Angola, usou os pseudónimos de Mwene Kalungo e Mwene Kalungo Lungo.