Aguarela

Matizes
cinza suspensos,
em eco passos e risos
mistura de fumo
e nuvens
que se cruzam apressadas

Gritos, ecos e latidos
a lembrar a vida , breve……
e a suave batida do gotejar
da água
sobre os remendos de musgo
que cresceram nos beirais…

Contínuo o som da chuva
é um adagio na vidraça,
como cinzento é o dia
que o sopro da tarde arrasta

e lentas se desprendendo
de um relógio de parede
as horas gastam o dia,
escoando devagar o tempo.

Da varanda da memória
colhem-se pedaços de azul.
e um quadro de girassóis
lembra estios passados,

enquanto a palavra emerge
e vai traçando os contornos
que compõem a aguarela
que com o dia se vai.

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