Poethomem

É pouco o peito do homem
para o poeta guardar:
ele está como represa
Quando vai arrebentar.

É pouco o peito do homem
para o rio que dentro dele
quer, sôfrego, navegar.

Mas o homem é necessário,
dele o poeta precisa:
um é uno — o outro vário,
um voa — o outro pisa.

458
0


Quem Gosta

Quem Gosta

Seguidores