Último Soneto
Padecendo no leito de Procusto,
Eu sinto a vida se esvaindo aos poucos,
E às vezes tenho pesadelos loucos
Que ao lembrá-los depois inda me assusto
Levados por espíritos de amoucos,
Num desespero crucial, injusto,
Desço, com a exigüidade do meu busto,
À escuridão das covas e cavoucos.
Mas quebrando os grilhões e os arganéus
Que me atavam às fundas sepulturas,
— Surjo singrando a vastidão dos céus,
Como se navegasse em mansas vagas
Para alcançar as máximas alturas
Do além, buscando esplendorosas plagas...
Eu sinto a vida se esvaindo aos poucos,
E às vezes tenho pesadelos loucos
Que ao lembrá-los depois inda me assusto
Levados por espíritos de amoucos,
Num desespero crucial, injusto,
Desço, com a exigüidade do meu busto,
À escuridão das covas e cavoucos.
Mas quebrando os grilhões e os arganéus
Que me atavam às fundas sepulturas,
— Surjo singrando a vastidão dos céus,
Como se navegasse em mansas vagas
Para alcançar as máximas alturas
Do além, buscando esplendorosas plagas...
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kelvinfonseca
Pego-me com os olhos fixados em seus sonetos e poemas, e por horas consigo imaginar o senhor escrevendo cada palavra.
Seu bisneto: Kelvin Fonseca, filho de Cassyus Fonseca e neto de seu amável filho: senhor Anatole France Fonseca.
01:15 - 27 de setembro de 2020
27/setembro/2020
Cassyus Fonseca
Gostaria de ter tido a honra de ter passado ao menos 5 minutos abraçado a ti,meu querido e talentoso avô. Sou Cassyus Fonseca,neto do Sr. Almir Fonseca e filho de Anatole France Fonseca.
19/setembro/2014