Sonhos de Pó

The truth in me,
Too dark to see,
So bitter the taste,
Now the poison runs free.
-Mathias Lodmalm

Luz pálida,
A bela fragrância de uma lua calma,
Mas inútil,
É a escuridão que lhe abraça a alma.

As suas lágrimas,
Flores que o vento insiste em ceifar,
Imemoriais os tempos
Em que as estrelas lhe podiam falar.

Não se move,
Continua a querer o que não pode ter,
A chuva cai,
Deseja aquilo que não pode acontecer.

Os seus gritos
Embalam horrendos os seus ouvidos,
Sonhos de pó,
E o vazio que lhe perfaz os sentidos.

O relâmpago,
Um coração em brasa perde o brilho,
Depois trovão,
A noite que chama alto pelo seu filho.

Eco que persiste,
O bolso revela a lâmina sem hesitar,
E em vão resiste,
Dor esmaga o medo de se entregar.

Suave o corte,
Tal como as carícias de quem amou,
Chora na morte,
As lágrimas que também ela chorou
Quando a matou...

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