Recifetebas

Deito-me ao lado de Jocasta
sem remorsos
purificado por esta Recifetebas
da esfinge Jomard decifrada.
O’meu poeta que - bem mais que
tantos Penas, Bandeiras e Cabrais
me chega, por Recifetebas,
ao coração silente.
Pois me ensinaste como, quando
e onde amar de vez e melhor,
a mulher - cidade Recifenda
Há tanto abandonada, vilipendiada
com a metade má do amoródio
e , finalmente,(re)visitada
(re)conquistada, (re)morada.
Ah! Este reencontro com as ruas
da União, Concórdia, Creoulas, Sossego
Ah! O reencontro com o gosto da comida
e com o gosto do desgosto da chupada
da puta Rita, na praia, entre cinco dividida.
Obrigado meu poeta por decifrar-te
e ser Édipo sem remorso e sem cegueira
Comendo mangues, marés , coqueiros
desta sonhada cidade Recifetebas.

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