Cosme Velho

Quando contemplo as tuas obras primas,
escritor imortal, de que me ufano,
eu não tenho nas minhas pobres rimas,
um termo que te cante e seja humano.
Do romantismo, sufocaste as cimas,
com coragem tal qual de veterano.
Pregaste o realismo com seus climas,
pelo teu verbo forte e soberano.
Como se fosses ser divino-humano,
passaste humildemente pelo mundo,
vencendo os homens com vigor profundo.
Mas, como não venceste o teu engano,
morreste então, sem fé, sem Evangelho,
no rico casarão do COSME VELHO.

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