Noturno
Notturno
tradução: Anton Angelo Chiocchio
Veleiro ao cais amarrado
em vago balouço, dorme?
Não dorme. Sonha, acordado,
que vai pelo mar enorme,
pelo mar ilimitado.
Se acaso me objetardes
que veleiro não é gente
e, assim, não sonha nem sente,
sem orgulhos nem alardes
eu direi: por que haveria
de falar-vos do homem triste
mas de olhar grave e profundo
que, à amargura acorrentado
sonha, no entanto, que vive
toda a beleza do mundo?
Melhor é dizer: Veleiro...
veleiro ao cais amarrado,
sob as límpidas estrelas.
Vela branca é uma alma trêmula,
sobretudo se cai sombra
do alto abismo constelado.
Veleiro, sim, que não dorme
mas na silente penumbra
sonha, ao balouço, acordado
que vai pelo mar enorme,
pelo mar ilimitado.
Quel veliero che, ancorato
giú nel porto, sembra assorto
a cullarsi, forse dorme?
No, non dorme. Sogna, desto,
di solcare il mare enorme,
sogna il mare illimitato.
Se obbiettaste che un veliero
non é un uomo, non é gente,
che non sogna, che non sente,
senza fingermi modesto,
vi direi: perché parlare
di questuorno cosi mesto,
dallo sguardo aspro e profondo,
che, ancorato all’amarezza,
tuttavia, ogni bellezza
sogna vivere del mondo?
Meglio dirvi del veliero
che a quel molo sta ancorato
sotto un vivo firmamento.
La sua vela trema: é un’anima,
soprattutto se ombre piovono ,
da quel baratro stellato.
Si, un veliero, che non dorme:
sogna ill mezzo allacqua e al vento,
mentre dondola svagato,
di solcare il mare enorme,
sogna il mare illimitato.
tradução: Anton Angelo Chiocchio
Veleiro ao cais amarrado
em vago balouço, dorme?
Não dorme. Sonha, acordado,
que vai pelo mar enorme,
pelo mar ilimitado.
Se acaso me objetardes
que veleiro não é gente
e, assim, não sonha nem sente,
sem orgulhos nem alardes
eu direi: por que haveria
de falar-vos do homem triste
mas de olhar grave e profundo
que, à amargura acorrentado
sonha, no entanto, que vive
toda a beleza do mundo?
Melhor é dizer: Veleiro...
veleiro ao cais amarrado,
sob as límpidas estrelas.
Vela branca é uma alma trêmula,
sobretudo se cai sombra
do alto abismo constelado.
Veleiro, sim, que não dorme
mas na silente penumbra
sonha, ao balouço, acordado
que vai pelo mar enorme,
pelo mar ilimitado.
Quel veliero che, ancorato
giú nel porto, sembra assorto
a cullarsi, forse dorme?
No, non dorme. Sogna, desto,
di solcare il mare enorme,
sogna il mare illimitato.
Se obbiettaste che un veliero
non é un uomo, non é gente,
che non sogna, che non sente,
senza fingermi modesto,
vi direi: perché parlare
di questuorno cosi mesto,
dallo sguardo aspro e profondo,
che, ancorato all’amarezza,
tuttavia, ogni bellezza
sogna vivere del mondo?
Meglio dirvi del veliero
che a quel molo sta ancorato
sotto un vivo firmamento.
La sua vela trema: é un’anima,
soprattutto se ombre piovono ,
da quel baratro stellato.
Si, un veliero, che non dorme:
sogna ill mezzo allacqua e al vento,
mentre dondola svagato,
di solcare il mare enorme,
sogna il mare illimitato.
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