A Casa de Palha

A coberta da casa tinha
o verde das palhas.
A colheita da lenha
ao rebentar da madrugada.

O macio lençol de linho
ao calor dos raios solares.
A festa de um novo teto
em um Domingo de Páscoa.

Latas de leite Ninho vazias:
raros tanques de guerra,
fertilizavam as alegrias
dos meus Natais passados.

Nenhuma só moeda queimava
as minhas pequeninas mãos.
Até o presente era uma irmandade
com o futuro sempre fertilizado.

A chama do tempo de leve
tudo foi consumindo tudo.
Levou os meus carneiros
e as verduras do quintal.

O ara da noite se misturou
com cinzas: é sufocante!
Ó misteriosa e amada natureza,
como monótona ficou a existência!

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