![](/img/flags/32/PT.png)
![Florbela Espanca](/autores/florbela-espanca.webp?132727497780412050)
Florbela Espanca
Florbela Espanca, batizada como Flor Bela de Alma da Conceição Espanca, foi uma poetisa portuguesa.
1894-12-08 Vila Viçosa
1930-12-08 Matosinhos
1142907
73
2163
Nunca Mais!
Ó castos sonhos meus! O mágicas visões!
Quimeras cor de sol de fúlgidos lampejos!
Dolentes devaneios! Cetíneas ilusões!
Bocas que foram minhas florescendo beijos!
Vinde beijar-me a fronte ao menos um instante,
Que eu sinta esse calor, esse perfume terno;
Vivo a chorar à porta aonde outrora o Dante
Deixou toda a esp’rança ao penetrar o inferno!
Vinde sorrir-me ainda! Hei de morrer contente
Cantando uma canção alegre, doidamente,
À luz desse sorriso, ó fugitivos ais!
Vinde beijar-me a boca ungir-me de saudade
Ó sonhos cor de sol da minha mocidade!
Cala-te lá destino!... “Ó Nunca, nunca mais!...”
Quimeras cor de sol de fúlgidos lampejos!
Dolentes devaneios! Cetíneas ilusões!
Bocas que foram minhas florescendo beijos!
Vinde beijar-me a fronte ao menos um instante,
Que eu sinta esse calor, esse perfume terno;
Vivo a chorar à porta aonde outrora o Dante
Deixou toda a esp’rança ao penetrar o inferno!
Vinde sorrir-me ainda! Hei de morrer contente
Cantando uma canção alegre, doidamente,
À luz desse sorriso, ó fugitivos ais!
Vinde beijar-me a boca ungir-me de saudade
Ó sonhos cor de sol da minha mocidade!
Cala-te lá destino!... “Ó Nunca, nunca mais!...”
4480
1
Mais como isto
Ver também