Quase Gregas - Nona
O fogo foi o menor dos teus roubos,
estranho a dureza dos deuses.
Tal lume belo, mas breve, foi pobre
contra o puro lampejo
(– também provisório –, esse que nos funda e
nomeia,
miraculoso,
que aqui, mundo errado,
passando e pesado,
é luz liberta assustada com tudo;
nas vísceras, o frio vivo
e o discurso em acúmulo
é o mapa nos desrumando de Argos).
No entanto, infeliz, teu suplício,
por mais insano, comove.
Depois nosso cosmo foi pouco,
mas tua dor, moribundo,
não pode encerrar o tal ciclo sanguissedento,
banquete dos deuses mais loucos,
aqueles que não puderam,
por cegos,
firmarem, na própria cabeça, o sacrifício.
Por séculos, foi este o motivo:
aniquilante equilíbrio.
Se foi necessário?
Indubitável –
aí, te encontras plasmado em obscuro penhasco.
Com moscardos e súplicas, até Io te abandonou.
Agora, só, medita sobre o teu gesto:
outro labirinto infindável.
estranho a dureza dos deuses.
Tal lume belo, mas breve, foi pobre
contra o puro lampejo
(– também provisório –, esse que nos funda e
nomeia,
miraculoso,
que aqui, mundo errado,
passando e pesado,
é luz liberta assustada com tudo;
nas vísceras, o frio vivo
e o discurso em acúmulo
é o mapa nos desrumando de Argos).
No entanto, infeliz, teu suplício,
por mais insano, comove.
Depois nosso cosmo foi pouco,
mas tua dor, moribundo,
não pode encerrar o tal ciclo sanguissedento,
banquete dos deuses mais loucos,
aqueles que não puderam,
por cegos,
firmarem, na própria cabeça, o sacrifício.
Por séculos, foi este o motivo:
aniquilante equilíbrio.
Se foi necessário?
Indubitável –
aí, te encontras plasmado em obscuro penhasco.
Com moscardos e súplicas, até Io te abandonou.
Agora, só, medita sobre o teu gesto:
outro labirinto infindável.
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