Charles Bukowski
poeta, contista e romancista estadunidense
1920-08-16 Andernach
1994-03-09 San Pedro
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Hawley Está Saindo da Cidade
este cara
tem um olhar louco
e é bronzeado
um bronzeado escuro de sol
o sol de Hollywood e do oeste
o sol do hipódromo
ele me vê e diz,
“ei, Hawley está saindo da cidade
por uma semana. ele detona
as minhas vantagens. agora
tenho uma chance.”
ele está sorrindo, fala sério:
com Hawley fora da cidade
ele se mudará para
aquele castelo em Hollywood Hills;
dançarinas
seis pastores alemães
uma ponte levadiça,
vinhos de dez
anos.
Sam, o Putanheiro,
se aproxima e eu lhe digo que
estou faturando US$ 150 por dia
nas corridas.
“vou direto nas
totalizações”, eu lhe digo.
“preciso de uma garota”, ele me diz,
“que possa prender um cara
sem vir com toda essa bobajada sobre
moral cristã
no final.
“Hawley está saindo da cidade”,
eu digo a Sam.
“onde está o Sapato?”
ele pergunta.
“lá pro leste”, diz um velho
que está ali parado.
ele tem um pequeno protetor de plástico branco
sobre o olho esquerdo
cravejado de
pequenos furos.
“isso deixa tudo nas mãos do Pinky”,
diz o bronzeado.
ficamos todos ali de pé olhando uns para os
outros.
então
após um sinal silencioso
nos afastamos
e seguimos,
cada qual
em uma direção diferente:
norte sul leste oeste.
nós sabemos de algo.
tem um olhar louco
e é bronzeado
um bronzeado escuro de sol
o sol de Hollywood e do oeste
o sol do hipódromo
ele me vê e diz,
“ei, Hawley está saindo da cidade
por uma semana. ele detona
as minhas vantagens. agora
tenho uma chance.”
ele está sorrindo, fala sério:
com Hawley fora da cidade
ele se mudará para
aquele castelo em Hollywood Hills;
dançarinas
seis pastores alemães
uma ponte levadiça,
vinhos de dez
anos.
Sam, o Putanheiro,
se aproxima e eu lhe digo que
estou faturando US$ 150 por dia
nas corridas.
“vou direto nas
totalizações”, eu lhe digo.
“preciso de uma garota”, ele me diz,
“que possa prender um cara
sem vir com toda essa bobajada sobre
moral cristã
no final.
“Hawley está saindo da cidade”,
eu digo a Sam.
“onde está o Sapato?”
ele pergunta.
“lá pro leste”, diz um velho
que está ali parado.
ele tem um pequeno protetor de plástico branco
sobre o olho esquerdo
cravejado de
pequenos furos.
“isso deixa tudo nas mãos do Pinky”,
diz o bronzeado.
ficamos todos ali de pé olhando uns para os
outros.
então
após um sinal silencioso
nos afastamos
e seguimos,
cada qual
em uma direção diferente:
norte sul leste oeste.
nós sabemos de algo.
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