A Máquina Prisioneira

A máquina acabava o dia a mastigar
e aos poucos os dentes lhe caíam
perdendo-se na espuma do ar negro,
ondulante, da fábrica.

Um desejo insubmisso
de cercar os átomos gigantes
vinha encher um braço
donde surgia um corpo
lacerado
sangrento!
e donde surgia um braço
cheio de sangue novo
que libertava a máquina!
A sorrir desdentada
a máquina adormecia...

519
0


Quem Gosta

Quem Gosta

Seguidores