Allen Ginsberg
Irwin Allen Ginsberg foi um poeta americano da geração beat, que ficou conhecido pelo seu livro de poesia Howl.
1926-06-03 Newark, Nova Jérsia, EUA
1997-04-05 Nova Iorque, Nova Iorque, EUA
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A resposta
Deus responde com minha condenação!
esta poesia apagada do lenho ardente
minhas mentiras respondidas pelo verme no meu ouvido
minha visão pela mão que cai sobre meus olhos para cobri-los
diante da visão do meu esqueleto
—meu anseio de ser Deus pela trêmula carne barbada do maxilar
que cobre meu crânio como a pele de um monstro
Estômago vomitando a videira da alma, cadáver no
assoalho de uma cabana de bambu, carne do corpo rastejando
rumo a seu pesadelo do destino que cresce no meu cérebro
0 barulho do estrondo da criação adorando seu Carrasco, o salto
dos pássaros para o Infinito, latidos como o som
do vômito no ar, sapos coaxando Morte nas árvores
eu sou um Serafim e não sei se vou para dentro do Vazio
eu sou um homem e não sei se vou para dentro da Morte —
Cristo Cristo pobre desesperançado
alçado à Cruz entre as Dimensões —
para ver o Sempre-Incognoscível!
um som de gongo morto treme por toda a minha carne e um
imenso Ser entra no meu
cérebro vindo do longe que vive para sempre
Nada mais além da Presença poderosa demais para registrar!
a Presença
na Morte, diante da qual estou indefeso
transforma-me de Alien em uma caveira
Velho Caolho dos sonhos dos quais não acordo a não ser morto
mãos puxadas para a escuridão por uma horrenda Mão
—cego contorcer-se do verme, cortado —o arado
é o próprio Deus
Que monstruoso baile da escuridão anterior ao universo
volta para visitar-me como um comando cego!
e possa eu apagar esta consciência, fugir de volta
para o amor de Nova York e o farei
Pobre lamentável Cristo com medo da predita Cruz, Imortal —
Fugir, mas não para sempre —a Presença virá, a hora
chegará, uma estranha verdade penetra o universo, a morte
mostra seu Ser como antes
e eu me desesperarei por ter esquecido! esquecido a volta ao meu destino,
para morrer disso —
O que é sagrado quando a Coisa é todo o universo?
rasteja em cada alma como um órgão de vampiro cantando
atrás das nuvens iluminadas pela lua —
pobre criatura vem agachada
sob as estrelas barbudas num campo negro no Peru
para depositar minha carga —morrerei de horror de morrer!
Nem diques nem pirâmides, mas a morte, e devemos nos preparar para essa
nudez, pobres ossos sugados até ressecarem por Sua longa boca
de formigas e vento, & nossas almas assassinadaspara preparar Sua Perfeição!
O momento chegou, Ele fez Sua vontade ser revelada para sempre
e nenhuma fuga para o velho Ser além das estrelas não irá
chegar ao mesmo escuro porto oscilante
de insuportável música
Nenhum refúgio no Eu, que está em chamas
nem no Mundo que também é Seu para ser
bombardeado & Devorado!
Reconhece Seu poder! Larga
minhas mãos —minha atemorizada caveira
— pois eu havia escolhido a auto-estima —
meus olhos, meu nariz, minha cara, meu caralho,
minha alma —e agora
o Destruidor sem cara!
Um bilhão de portas para o mesmo novo ser!
O universo vira-se pelo avesso para devorar-me!
e a poderosa irrupção de música sai para fora da porta desumana —
1960
esta poesia apagada do lenho ardente
minhas mentiras respondidas pelo verme no meu ouvido
minha visão pela mão que cai sobre meus olhos para cobri-los
diante da visão do meu esqueleto
—meu anseio de ser Deus pela trêmula carne barbada do maxilar
que cobre meu crânio como a pele de um monstro
Estômago vomitando a videira da alma, cadáver no
assoalho de uma cabana de bambu, carne do corpo rastejando
rumo a seu pesadelo do destino que cresce no meu cérebro
0 barulho do estrondo da criação adorando seu Carrasco, o salto
dos pássaros para o Infinito, latidos como o som
do vômito no ar, sapos coaxando Morte nas árvores
eu sou um Serafim e não sei se vou para dentro do Vazio
eu sou um homem e não sei se vou para dentro da Morte —
Cristo Cristo pobre desesperançado
alçado à Cruz entre as Dimensões —
para ver o Sempre-Incognoscível!
um som de gongo morto treme por toda a minha carne e um
imenso Ser entra no meu
cérebro vindo do longe que vive para sempre
Nada mais além da Presença poderosa demais para registrar!
a Presença
na Morte, diante da qual estou indefeso
transforma-me de Alien em uma caveira
Velho Caolho dos sonhos dos quais não acordo a não ser morto
mãos puxadas para a escuridão por uma horrenda Mão
—cego contorcer-se do verme, cortado —o arado
é o próprio Deus
Que monstruoso baile da escuridão anterior ao universo
volta para visitar-me como um comando cego!
e possa eu apagar esta consciência, fugir de volta
para o amor de Nova York e o farei
Pobre lamentável Cristo com medo da predita Cruz, Imortal —
Fugir, mas não para sempre —a Presença virá, a hora
chegará, uma estranha verdade penetra o universo, a morte
mostra seu Ser como antes
e eu me desesperarei por ter esquecido! esquecido a volta ao meu destino,
para morrer disso —
O que é sagrado quando a Coisa é todo o universo?
rasteja em cada alma como um órgão de vampiro cantando
atrás das nuvens iluminadas pela lua —
pobre criatura vem agachada
sob as estrelas barbudas num campo negro no Peru
para depositar minha carga —morrerei de horror de morrer!
Nem diques nem pirâmides, mas a morte, e devemos nos preparar para essa
nudez, pobres ossos sugados até ressecarem por Sua longa boca
de formigas e vento, & nossas almas assassinadaspara preparar Sua Perfeição!
O momento chegou, Ele fez Sua vontade ser revelada para sempre
e nenhuma fuga para o velho Ser além das estrelas não irá
chegar ao mesmo escuro porto oscilante
de insuportável música
Nenhum refúgio no Eu, que está em chamas
nem no Mundo que também é Seu para ser
bombardeado & Devorado!
Reconhece Seu poder! Larga
minhas mãos —minha atemorizada caveira
— pois eu havia escolhido a auto-estima —
meus olhos, meu nariz, minha cara, meu caralho,
minha alma —e agora
o Destruidor sem cara!
Um bilhão de portas para o mesmo novo ser!
O universo vira-se pelo avesso para devorar-me!
e a poderosa irrupção de música sai para fora da porta desumana —
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