Dispersão
Je me sens eparpillée travers les siècles...
Eu me sinto espalhada pelos séculos...
Há pedaços de mim na Grécia Antiga,
Há pedaços de mim na imensidão,
Meteoros de mim me ultrapassam,
Estou além e estou aquém
Sem rumo eu sou.
Não é meu o meu sonho, minha tristeza,
O meu verso cativo,
Alguém levou
O poeta de ontem e de sempre
Violou minha alma,
Me roubou.
Não pertence a mim o sentimento
A palavra me escapa,
O sangue esvai
Eu não vivo,
Eu existo nas estrelas
Dos que foram, dos que estão,
Dos que virão.
Demócritos, Pessoas, Sades,
Não nascidos,
Carrascos meus, ladrões
Nesta enlouquecida festa
Eu me entrego
Vadia, sem pudor
Pelas bocas ancestrais dos que hão de vir...
Não sou eu e não há Tempo e não há lei
Eu me empresto,
Eu me dou,
Eu me concedo...
Eu me deixo perdida em suas mãos,
Eu me deito amorosa entre seus versos!
E, por mais que eu me busque, que eu me olhe,
É poeira o que eu vejo, é dispersão...
Eu me sinto espalhada pelos séculos...
Há pedaços de mim na Grécia Antiga,
Há pedaços de mim na imensidão,
Meteoros de mim me ultrapassam,
Estou além e estou aquém
Sem rumo eu sou.
Não é meu o meu sonho, minha tristeza,
O meu verso cativo,
Alguém levou
O poeta de ontem e de sempre
Violou minha alma,
Me roubou.
Não pertence a mim o sentimento
A palavra me escapa,
O sangue esvai
Eu não vivo,
Eu existo nas estrelas
Dos que foram, dos que estão,
Dos que virão.
Demócritos, Pessoas, Sades,
Não nascidos,
Carrascos meus, ladrões
Nesta enlouquecida festa
Eu me entrego
Vadia, sem pudor
Pelas bocas ancestrais dos que hão de vir...
Não sou eu e não há Tempo e não há lei
Eu me empresto,
Eu me dou,
Eu me concedo...
Eu me deixo perdida em suas mãos,
Eu me deito amorosa entre seus versos!
E, por mais que eu me busque, que eu me olhe,
É poeira o que eu vejo, é dispersão...
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