Sérgio Gonçalves de Sousa
Poeta, autor da Coleção: "Todos os Amores", volumes 1 e 2 estão disponíveis para Kindle na Amazon.
1966-11-29 São Paulo
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MUITO ACIMA DA MESQUINHEZ HUMANA
Tenho quase tantas horas de dores quanto de vida, vida comprida,
Ainda me causa espanto essa capacidade de pessoas suportarem
Por dias, horas, meses e até anos, sensações extremas, algemas
Apertam cada vez mais e quem saberá ou poderá enxergar o fim?
Fim de tarde, não do dissabor, chamaria de heróis, dizem que não,
Mas, quem resiste ao que lateja sem cessar, sem dizer se irá parar,
Tudo vira loucura, é tanta tortura, é tanta tontura e, mesmo o ferro
Se curva ao fogo, eu já sinto o cheiro de sangue após o bangbang.
Olho tantas covas prontas e enterros, aqueles aterros a céu aberto,
Minha hora ainda não chegou, quem apostou perdeu, essa não deu
E nem vai dar certo conspirar, pois sei que o poder de Deus é maior
Do que o esforço concentrado, executado por pessoas más e ruins.
Para quem perdeu tempo não tentando ser feliz, saiba que eu estou,
Sem me preocupar ou até lembrar da existência, sobram aparências
Em interiores vazios, tão frios, que não sabem ainda o quanto é bom
Não dever nada para ninguém e olhar este horizonte lindo, bem azul.
Ainda me causa espanto essa capacidade de pessoas suportarem
Por dias, horas, meses e até anos, sensações extremas, algemas
Apertam cada vez mais e quem saberá ou poderá enxergar o fim?
Fim de tarde, não do dissabor, chamaria de heróis, dizem que não,
Mas, quem resiste ao que lateja sem cessar, sem dizer se irá parar,
Tudo vira loucura, é tanta tortura, é tanta tontura e, mesmo o ferro
Se curva ao fogo, eu já sinto o cheiro de sangue após o bangbang.
Olho tantas covas prontas e enterros, aqueles aterros a céu aberto,
Minha hora ainda não chegou, quem apostou perdeu, essa não deu
E nem vai dar certo conspirar, pois sei que o poder de Deus é maior
Do que o esforço concentrado, executado por pessoas más e ruins.
Para quem perdeu tempo não tentando ser feliz, saiba que eu estou,
Sem me preocupar ou até lembrar da existência, sobram aparências
Em interiores vazios, tão frios, que não sabem ainda o quanto é bom
Não dever nada para ninguém e olhar este horizonte lindo, bem azul.
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