sinkommon
Escrevo porque não tenho nada para dizer. Escrevo porque preciso. Não tenho mensagens nem respostas. Não faz sentido mesmo. E sim, são coisas 'esquisitas' porque eu não sei fazer outra coisa.
1992-10-22 Coimbra
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Aqui no antro da aberração
Quando foi, e quando fui,
quando fomos e que foi, e dói.
Olhaste e triste viste
que não foi o que pediste.
A chaga agora arde, moi,
são grãos de areia,
moídos e em pó.
Podias ter ido
embora
mas não soubeste ver
ou quiseste e não sabes
ver
que era demasiado queer.
Vai, vai.
Vai e não voltes.
Aqui no antro da aberração
onde somos fruto de perdição
não há lugar para mortes
porque dela já nascemos
e nela vivemos
com cortes.
Entre vós e nós
sem voz
embaraçam-nos e fortes
os baraços que nos enrolam
nos pescoços
rolam os olhos para trás
nada os satisfaz.
Faz mais feridas.
E mais, e mais, e mais cortes!
A nossa pele é um labirinto
de meandros e sortes
azarentas e fedorentas
recantos ocultos
e segredos absolutos.
19/07/2018
quando fomos e que foi, e dói.
Olhaste e triste viste
que não foi o que pediste.
A chaga agora arde, moi,
são grãos de areia,
moídos e em pó.
Podias ter ido
embora
mas não soubeste ver
ou quiseste e não sabes
ver
que era demasiado queer.
Vai, vai.
Vai e não voltes.
Aqui no antro da aberração
onde somos fruto de perdição
não há lugar para mortes
porque dela já nascemos
e nela vivemos
com cortes.
Entre vós e nós
sem voz
embaraçam-nos e fortes
os baraços que nos enrolam
nos pescoços
rolam os olhos para trás
nada os satisfaz.
Faz mais feridas.
E mais, e mais, e mais cortes!
A nossa pele é um labirinto
de meandros e sortes
azarentas e fedorentas
recantos ocultos
e segredos absolutos.
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