Jorge Santos (namastibet)
Que fazer, se assombro tudo que faço de medo e a fracasso ...
1961-07-03 Setúbal
202114
8
17
Quando eu morrer actor
Anónimo o que recito mas não o que aceito,
Como meu, anónimo o que visto doutrem e dispo,
Alegando meu porém, anónimo tatuado por delito,
No peito, anónimo tenho todo o meu falso corpo.
Nada me ocorre que não seja d'outrem,
Sou a aragem do logro que percorre a tumba
Dum morto, dando vida aos que jazem e aos que sobrevivem,
Faço parte dessa paisagem lobrega e romba
E de que, os pertences escritos rouba
Aos notáveis mortos, um pilhador de túmulos,
A eito, profanador até do sagrado kaaba...
Ignoto o suor dos meus impuros poros...
E o acto de escrita pouco lógica e de louco...
Se nem, o colchão em que me deito, é meu... o poluto
Fato, roubado no museu teutónico.
Por isso, quando eu morrer actor,
Jamais a noite se tingirá de luto preto...
Joel matos (01/2013)
http://namastibetpoems.blogspot.com
2827
7
Mais como isto
Ver também