Paulo Jorge

Paulo Jorge

A poesia fatalista e decadentista é um exemplo sublime da exaltação da morte em todo o seu esplendor, e desde sempre eu retiro satisfação pessoal deste saborear tétrico da vida.

1970-07-17 Lisboa
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Um Dia De Verão


Deitado na areia quente,
Fina e delicada como seda,
Paradigma tão eloquente,
Rodeado de Estrelas no Céu,
Como grãos infinitos na praia,
Aconchegados ao monte.
Saúdam o Mar calmo,
Sereno com reflexos de luar,
Onde me banho à Noite,
Ao fim de um dia de Verão.
Ouço soluçar a minha Alma,
Confusa mas serena,
Ansiosa pelo Sol raiar,
Virtuosa e livre,
Como a nuvem que passa só,
De passagem imperceptível,
Orgulhosamente só.
Mar imenso onde se afogam,
As lágrimas do Mundo,
Escondes os segredos,
Que eu mais queria desvendar,
A calma que emanas,
Quando mergulho em ti,
O meu pensar.

Lx, 24-11-2005
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