Maria Antonieta Matos
Maria Antonieta Rosado Mira Valentim de Matos - MARIA ANTONIETA MATOS, nasceu em 1949 em Terena, Concelho de Alandroal e reside em Évora, Alentejo, Portugal
1949-01-09 S. Pedro de Terena - Alandroal - Evora
170946
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18
Imigrantes
Por sofrer constrangimentos,
Numa guerra descomunal,
Deixam o país e a terra,
Colocam um ponto final!
Caem no conto do vigário,
Ganham esperança, querem voar,
Num barco abarrotado de gente,
Deixam-se levar pelo mar,
Num sufoco a arder,
Vivem a cabo das tormentas
Para tentar sobreviver!
Vejo crianças naufragadas,
Túmulos prostrados no chão,
Tanta gente abalroada,
Num pavor a multidão!
Baloiçam corpos de inocentes,
Depois de longa viagem,
Muitos, cansados e doentes,
Não lhe faltando a coragem!
Têm sede de liberdade,
Sentem fome de mudança,
Movem-se pela dignidade,
Repletos de fé e esperança.
Buscam conhecimento para criar,
Construir quimeras, um ideal,
Querem estabilidade e ficar,
Na Europa racional.
Aqui constroem-se os muros,
Para evitar entrada em excesso,
Mas o amargo rasga furos,
Para permitir o acesso!
Lutam e enfrentam novo perigo,
Perfilham da solidão,
Tomam a rua como abrigo,
Sem saber para onde vão!
Nesta Europa civilizada,
Que tantos anseiam estar,
Das pessoas anda afastada,
Se desmente tem que provar!
Maria Antonieta Matos 31-08-2015
Numa guerra descomunal,
Deixam o país e a terra,
Colocam um ponto final!
Caem no conto do vigário,
Ganham esperança, querem voar,
Num barco abarrotado de gente,
Deixam-se levar pelo mar,
Num sufoco a arder,
Vivem a cabo das tormentas
Para tentar sobreviver!
Vejo crianças naufragadas,
Túmulos prostrados no chão,
Tanta gente abalroada,
Num pavor a multidão!
Baloiçam corpos de inocentes,
Depois de longa viagem,
Muitos, cansados e doentes,
Não lhe faltando a coragem!
Têm sede de liberdade,
Sentem fome de mudança,
Movem-se pela dignidade,
Repletos de fé e esperança.
Buscam conhecimento para criar,
Construir quimeras, um ideal,
Querem estabilidade e ficar,
Na Europa racional.
Aqui constroem-se os muros,
Para evitar entrada em excesso,
Mas o amargo rasga furos,
Para permitir o acesso!
Lutam e enfrentam novo perigo,
Perfilham da solidão,
Tomam a rua como abrigo,
Sem saber para onde vão!
Nesta Europa civilizada,
Que tantos anseiam estar,
Das pessoas anda afastada,
Se desmente tem que provar!
Maria Antonieta Matos 31-08-2015
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