ANOITECENTE
ANOITECENTE
A noite sustenta teu sono
maior que o espaço em seu trono,
a noite é íntima dos medos,
liberta tuas quimeras
e vai, deixando a espera.
A noite é toda um segredo.
Desfila, ainda, estampada
uma lua carente ou minguada,
o luar triste a quem procura.
A lua conforta indecisas
almas poentes e poetisas.
É o olhar da noite escura.
Um hálito frio saboreia
o suor do amor sobre a areia.
É o vento que embala o oceano,
e um lamento que havia
alheio a toda agonia,
faz-se descanso nosso, profano.
A noite é inteira expressão,
são atalhos que esconderão
o mistério do que ela prega.
um vôo e um céu enevoado,
o tempo eterno estagnado,
a dor de algo que o peito nega.
Assim é que a noite existe;
um leito para olhos tristes,
ou um açoite que invento,
o despertar insinuante,
um contemplar nunca bastante
do nosso próprio firmamento.
Sérgio
março,
1995.
A noite sustenta teu sono
maior que o espaço em seu trono,
a noite é íntima dos medos,
liberta tuas quimeras
e vai, deixando a espera.
A noite é toda um segredo.
Desfila, ainda, estampada
uma lua carente ou minguada,
o luar triste a quem procura.
A lua conforta indecisas
almas poentes e poetisas.
É o olhar da noite escura.
Um hálito frio saboreia
o suor do amor sobre a areia.
É o vento que embala o oceano,
e um lamento que havia
alheio a toda agonia,
faz-se descanso nosso, profano.
A noite é inteira expressão,
são atalhos que esconderão
o mistério do que ela prega.
um vôo e um céu enevoado,
o tempo eterno estagnado,
a dor de algo que o peito nega.
Assim é que a noite existe;
um leito para olhos tristes,
ou um açoite que invento,
o despertar insinuante,
um contemplar nunca bastante
do nosso próprio firmamento.
Sérgio
março,
1995.
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