LÁGRIMA
Derrama-se densa, em lenta pena,
Nas maçãs tão claras, vis e pecadoras.
Outrora à âncora, comprimida e alenta,
Demorava-se a brilhar encantadora.
Vai-se à beira do torpor da rubra face,
Maviosa, fenecida e sem alarde,
Salgar-te à memória, à dor do encrave,
Com seus fúnebres contos de saudade.
Embora tu, ausente do infirme eco do engano,
Possas pensar que basta a ti, um simples pano,
Para que o orvalho trivial possas secar; _
Vais abrandar, frigidamente, somente o tanto
Que tuas mãos tão decadentes em seu pranto
Poderiam tenuemente alcançar.
Itamar FS
Nas maçãs tão claras, vis e pecadoras.
Outrora à âncora, comprimida e alenta,
Demorava-se a brilhar encantadora.
Vai-se à beira do torpor da rubra face,
Maviosa, fenecida e sem alarde,
Salgar-te à memória, à dor do encrave,
Com seus fúnebres contos de saudade.
Embora tu, ausente do infirme eco do engano,
Possas pensar que basta a ti, um simples pano,
Para que o orvalho trivial possas secar; _
Vais abrandar, frigidamente, somente o tanto
Que tuas mãos tão decadentes em seu pranto
Poderiam tenuemente alcançar.
Itamar FS
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