Fayola Caucaia

Fayola Caucaia

TransPOÉTICA que fala de amor, afeto e liberdade, a partir das minhas subjetividades.

1998-04-08 São Paulo
20018
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ESTREME.CEU

Estremeceu, sim senhor! 
Abalou todo o reino do senhor 
É trava no poder 
Seu capataz 
 
Estremeceu e estremece 
São vinte e cinco travas 
Não uma, nem duas 
São muitas e não estão só 
Estão comigo, estão com todas 
Todas que querem ver a mudança chegar 
 
É trans, preta e periférica 
A mais votada de São Paulo 
50 mil, que compreenderam 
50 mil, que reconhecem 
50 mil, vozes da mudança 
 
Estremeceu, todo o conservadorismo 
Estremeceu, o patriarcado 
... o bolsonarismo 
Estreme.ce essa pós-verdade 
 
É discurso, é ação 
Quero me enxergar no poder 
Quero me ver em todos os lugares 
Eu, e eu somos nós 
Se Deize está com nós, quem será contra nós? 
 
Mate e morra, vai escutar a Linn 
Preciso de Traquejos pentecostais para matar o senhoR 
Profetiza travesti 
Nossa hora vai chegar 
É tempo de travesti 
 
O melhor a fazer é 
Respeitar 
 
Nada será como antes 
Nada... 
Conservador é uma palavra que não combina com o nosso tempo 
Conservar o que? Não te quero mais no poder 
Sou foda tanto quanto você 
Somos todas capazes e você capataz 
 
Desapega dessa masculinidade frágil 
Desconstrua essas ideias que nem são sua 
Olhe pra frente, não ande pra trás 
 
Nossa hora vai chegar, 
Vai chegar 
É tempo de travesti 
Em todo lugar
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