AurelioAquino
Deixo-me estar nos verbos que consinto, os que me inventam, os que sempre sinto.
1952-01-29 Parahyba
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Poemeto de razões e tanto
Mais não tenha a razão humana
que o invólucro inteiro de um fato
e que sobrepasse o mero espelhar
de tudo que o olho lhe retrata
e não se diga inteira quando farta
por lhe faltar um quê de completude
pois o ser assim quase completa
é que denota a escassez que lhe pune
e vague pelos sonhos mansamente
armada com os versos que lhe caibam
e adormeça em torno desse canto
com a presteza exata dos que amam
mais não tenha a razão humana
que os metros todos da verdade
e que só se perca e se encontre
e se eternize assim quando se invada
o mais é cabe-la pela vida
no grito, na palavra e na vontade
e consumi-la aos tragos quando cedo
e permiti-la avante quando tarde.
que o invólucro inteiro de um fato
e que sobrepasse o mero espelhar
de tudo que o olho lhe retrata
e não se diga inteira quando farta
por lhe faltar um quê de completude
pois o ser assim quase completa
é que denota a escassez que lhe pune
e vague pelos sonhos mansamente
armada com os versos que lhe caibam
e adormeça em torno desse canto
com a presteza exata dos que amam
mais não tenha a razão humana
que os metros todos da verdade
e que só se perca e se encontre
e se eternize assim quando se invada
o mais é cabe-la pela vida
no grito, na palavra e na vontade
e consumi-la aos tragos quando cedo
e permiti-la avante quando tarde.
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