Incrédula

E ela rezou com todo o fervor de sua alma.

Clamou o mais alto que sua voz poderia alcançar.

Mas não sabia que a fé era ineficiente.

Foram muitas e tantas orações milagrosas, mas que perderam o valor diante à insensatez da vida.

Ninguém ouviu a sua súplica!

E ela chorou com todo o ardor que irradiava o seu ventre.

Mas as lágrimas não acalmavam o coração.

E foram muitas e tantas, mas que desfaleceram-se diante o desgosto da vida.

Ninguém enxergava o seu pranto!

A devoção remota ainda era a única salvação de suas forças.

Mas a esperança já a estrangulara.

Nesse tempo, as valsas de Tchaikovsky se apagaram, Neruda perdeu seus versos, a tragédia nunca pertenceu à Ésquilo e todas as flores amaldiçoadas por Baudelaire eram as únicas que exalavam o buquê resplandescente.

Diante do precipício, nem Deus, nem fé, nem esperança e nem devoção.

Era somente ela e sua dor.

E assim segue o cortejo!
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