Perdida

O desejo imprudente que sobe nas vísceras. Ardente e obsceno; fugaz e sereno. Cobiça da pele que queima e ateia o juízo.

Da saudade perdida no meu refúgio e liberta da insensatez do teu sorriso. No grito cerrado, preso na garganta do meu silêncio.

Na voz que ensurdece, declínio da carne, se entrega, me entrego no eclipse da boca que enseja a língua travessa. E percorre o meu infinito afoito, envolto, dentro de nós, se desfazem os nós.

Imersa, submersa, na saliva que penetra no horizonte dos devaneios. Nas curvas tênues, sinuosas da aurora do meu domínio.

E com o corpo tece o meu ímpeto, costura, desenha, remodela o poente. É do teu sabor diluído por dentro, que se adentra, devora, derrama o clamor e embriaga a volúpia concisa, onde me perco na veemência dos teus lençóis.
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