geraldocoelho

geraldocoelho

Pretenso poeta, a divulgar o quê sente, o quê escreve; e um verdadeiro amante da poesia e literatura em geral.

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Alguns Poemas

DESENCONTROS

Em qual esquina que foi,

neste longo tempo que se foi

e temo que se irá mais um outro;

me responde à esta pergunta que me alucina,

em que tempo, em qual esquina

que nos perdemos um do outro?...

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Era constante a tua forte presença

na casa de minha infância; que diferença

não havia entre ti e a gente que ali vivia!...

Sem de errar temer correr o risco,

eu posso até dizer e até arrisco

que tu fazias parte da família!...

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Havia entre nós dois, crianças tão inocentes,

e depois quando já adolescentes

um quê que de errar não tenho eu o temor;

um quê de "química" , sintonia

tão forte que entre nós dois havia;

que posso arriscar...era amor!...

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Em qual esquina que foi,

neste longo tempo que se foi

(e um outro tanto se irá...ah, triste sina)

em que constante era na casa da minha infância

tua presença; e hoje somente entre nós distância;

me responde: em qual que nos perdemos foi a esquina...

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Havia entre nós dois, crianças...(tanta inocência;

nossa "primeira vez", na adolescência)

um quê de sintonia; seja qualquer que for

o nome que se dá a isso...Ah, triste sina,

me responde: em qual tempo, em qual esquina

foi, em que se perdeu o nosso amor?...

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Em qual esquina daquela de nossa infância rua

em que era constante a presença tua

(corpos de criançada a brincar dando-se encontros)

em que nos perdemos um do outro?...

Espero que tempo igual aquele, há de haver um outro

em que entre nós não haja DESENCONTROS.

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(GERALDO COELHO ZACARIAS)

AMOR NO CEL.

-Alô?...Sou eu!...Ah...como eu te preciso!...

Liguei pra ver na tela o teu sorriso;

teu rosto que eu guardei no meu de amor tão pleno,

coração!...A lembrança na alma ainda persiste

do nosso último encontro em que nela imprimiste

o teu doce sorrir, num leve aceno!...

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-Alô?...Ah!...Sim!...Foi bom o nosso encontro derradeiro!...

Desculpa, não aparecer na tela, corpo inteiro...

...Novidades tenho; acontecimentos novos e inesperados...

...Agora, só posso te dizer que simplesmente

fazem parte de um que eu quero te dar, presente

neste dia em que chamamos "dos namorados!..."

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-Ah!...Sim!...Mas por favor um pouco desce para que eu veja;

o foco desta câmara...Atende ao apelo de quem muito deseja

(não sejas assim cruel amada, comigo)

ver este corpinho teu que a bem pouco

me deixou de amor tão prazeroso, muito louco!...

Corpinho este que é eternamente, meu eterno abrigo!...

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-Ah!... Sim!...Foi bom demais!...Meu Deus...que coisa louca!...

Gemidos e sussurros...minha voz então rouca;

lençóis amarrotados e encharcados de suor!...

Momentos inesquecíveis e pra futuramente revivê-los!...

Tua boca beijando todo meu corpo, eriçando os meus pelos

e nada mais nos importava, de nós, ao redor!...

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-Lençóis amarrotados; juras, gemidos e teus ais

pedindo que todo inteiro em ti, entrasse cada vez mais!...

As bocas a misturar salivas...e a consequencia

de tudo isto; num quarto morno e então silencioso

o clímax total; o doce gozo

unindo a minha, a tua, a nossa essência!...

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-Desce o foco desta câmara; não ajas assim com malvadeza...

-Se assim eu o fizer; estrago a surpresa!...

...Novidades tenho; acontecimentos novos e inesperados!...

-Me deixa ver teu corpo...amor...pondera!...

-Pois bem...aí está!...São nove meses de espera;

o presente que te dou no dia que chamamos "dos namorados!...

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(GERALDO COELHO ZACARIAS)

MARÍLIA DE DIRCEU

Eu aqui, separado do meu maior valor...
Não, não é o da liberdade ao qual me refiro...
Fui arrancado dos braços do meu grande amor;
e condenado ao degredo neste retiro!...
Sonhei de um povo sofrido, a liberdade!...
Mil vidas eu tivesse, eu as daria!...
Porém, a minha morte (é bem verdade)
é ser privado do amor que foi meu um dia!...


Lá nos campos eu conheci criatura tão sedutora
a cuidar então das ovelhas da família...
Não tem a deusa afrodite, mais encantadora
atração; do que essa, que é chamada de Marília!...
Trocamos nós dois então doces olhares;
nossas almas se uniram em um tempo breve!...
Disse-me (lançando um doce beijo pelos ares)
"vai, pede-me em casamento e seja breve"!...


Os lábios de Marília eram em tom rubro;
não sugar a doce essência, me era então cruel!..
Ao recordar doces momentos, então descubro:
não há doçura igual; mais doce mel!...
Porém, no entanto tal qual vespertino crepúsculo;
o dia se "apagou" pra mim, de forma irracional:
condenado por um governo sem escrúpulo;
de Marília, separado fui, por ordem imperial!...


Foi como se o céu se tornasse então cinzento;
antes do sol, no ocaso então de seu desmaio:
arrancada me fora, Maríia, pra meu grande tormento;
tão veloz como um relâmpago, um forte raio!...
Eu aqui, separado do meu maior valor...
Não, não é o da liberdade ao qual me refiro;
mas, sim, de minha Marília e seu amor;
então com versos doloridos, mais me firo!...


Sonhei de um povo sofrido, a liberdade!...
Mil vidas eu tivesse, eu as daria!...
Porém, não escapei à minha impunidade:
morri, pois perdi pra sempre a minha Marilia!...
Tu não verás, Marilia, por toda a vida tua,
nada mais sofrido quanto este tão sofrido enredo
de minha história; esta minha sina dolorosa, crua;
condenado a não ter o teu amor...maior degredo!..


(GERALDO COELHO ZACARIAS)

ASTROLOGIA

Quando eu nasci, foi traçado

pelos astros, desenhado

no espaço vazio infinito;

que estava à minha espera

alguém nascido em outra era,

e que assim estava escrito:

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traçado pra alguém (pra dias bem distantes)

apesar de ter vindo ao mundo antes;

foi o mesmo destino também...

Pra ela, dos astros são essas as diretrizes;

alguém que lhe dará dias felizes;

e serás tu, esse alguém!...

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Ia eu caminhando pelo mundo, quase á toa

quando deparei com uma pessoa

que logo foi dizendo: "companheiro,

seguindo eu da minha vida a estrada,

muitos me ofereceram (sim, fui amada)

porém...nenhum ofereceu amor verdadeiro!..."

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E eu fui dizendo: "amiga,

nem bem sei eu o que te diga,

porém a vida também não foi a meu favor!...

Vivi longos anos, e a ti confesso,

pouco ou quase nada tive sucesso

nestas questões do amor!..."

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Disse-me ela também: "fico no entanto

sem entender por que com a vida me encanto

diante de ti; embora o passado ainda doa!..."

E disse-lhe eu,: "apesar de haver um entrave

pra minha felicidade; mais suave

a vida é para mim, diante de tua pessoa!..."

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Era justamente o que no espaço vazio infinito,

quando nasci, estava escrito:

que entraria eu, na vida de alguém; clandestino!...

No caminho da vida, unimos os nossos rastros;

estavam bem certos os astros:

tu e eu; um só destino!...

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(GERALDO COELHO ZACARIAS)

-
CORASSIS
Geraldo Coelho poeta , tens muito talento,
poemas belo e de grande inspiração
amigo corinthiano, Vai Corinthians !
31/julho/2021

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