Diogo de Moraes Silva

Diogo de Moraes Silva

Tenho formação em História, Pedagogia e Tecnologia. Dedicarei este espaço para libertar minha criatividade e minhas angustias.

1983-10-20 São Paulo
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Alguns Poemas

Harry Podre na cama filosofando

Esta é a história de Harry, vulgo, Harry Podre. Um homem de trinta e dois anos, medindo um metro e setenta e quatro centímetros de altura e pesando cento e vinte e cinco quilos, redondo. A visão de Harry sobre a vida o cansou, pois, o que hoje é repulsa, se não é isso, o que será? Este homem se cansou e estamos cansados dele. Seu perfil é traçado pela ausência de amor, ou seja, de planos e objetivos. Sua vida não tem sonhos. A sua pobreza existencial rebaixa o seu caráter. Um beberrão de cachaça e dependente químico, um bruxo. Há um ceticismo um tanto exagerado disfarçado de alegria nestes dias úteis de Harry Podre. Sua mãe, a sua labuta, o seu dinheiro, a sua vida. Na cama já são quase duas horas da tarde e não tem ninguém em casa. O impulso interior animal executa em si a mais pesada necessidade por alimentos. A geladeira um alvo fácil e precioso, grande fonte de propriedades calóricas. Com um precipício no lugar da substância da alma, retira da geladeira os ingredientes do lanche, põe no pão a maionese, o parmesão, o tomate e muitas fatias de salame. Talvez encontre estrutura no seiscentos mililitros de Coca Cola que o acompanha? Intensificou a sua admirável destruição acelerando sua decadência com o baseado para abrir o apetite. Saciada a fome. Um marlbolro para selar. Tanto faz ser positivo, o mundo é bem triste para se viver sóbrio.

Nem todos são como Harry Podre, talvez conheçam alguém assim, ou imaginam como seja. Nem todos possam ser como ele, há de ter coragem. Acredito que apenas um por cento da população seja igual a ele. Concluímos que nele há toda uma falência moral, religiosa e política.

Continuou lutando para que depois daquele café da manhã não voltasse para cama, pois nunca imaginou que os seus excessos de erros o trouxesse; confusão, melancolia, cólera, fastio e gula.

Harry, para a sua felicidade inventaram o computador, a internet e a televisão. A felicidade é um caminho torto. Se a sua cabeça ainda estiver confusa e agitada, a televisão irá te ajudar. Engano de quem disse que bens materiais não nos trazem felicidade e felicidade significa sossego na cuca.

No computador navegou até o site de torrents, olhou para o que mais lhe desejaria ser na vida, ali tem uma série cabeça com temática policial. E querer não é poder para Harry, quem pôde fez o caminho para alcançar, ele uma vítima das vítimas perdido no próprio desejo.

É comum perder-se. Harry Podre sentiu a fome apertar seu estômago depois que queimou outro baseado, pré-almoço. Dizem, alguns sábios que a gula é um sinal de que o nosso espírito não está legal e, algo está nos comendo por dentro. Massas, frituras, refrigerantes e mais frituras. Outro Marlbolro para selar.

Para Harry Podre, nada renasce antes que se acabe. A noite linda surgia e junto sua angústia intensificava. Um canibal devora outro canibal. Esta dor de angústia cura com outra dor. Na cozinha sua mãe lhe oferece a janta. Ele espera a cozinha ficar vazia e sorrateiramente faz seu prato, razoavelmente cheio. Volta para o quarto. Sua mãe pergunta do lado de lá da sala;”Você vai amanhã procurar emprego? “. Ele responde com um grunhido. Sua mãe não identifica. Que ninguém o engane, só conseguiria na simplicidade, um paliativo para seus problemas, sendo através de muito trabalho. Não quis.

Harry sabe que na vida há um equilíbrio, porque a vida já é uma droga, então, tanto faz usar outras drogas. Simplesmente usar drogas para ser feliz. Quis ficar alucinado. Conduzir sua vida inocentemente para a morte. Da gaveta de meias tira do fundo falso uma caixinha. O bunker das drogas, pois, sua mãe sempre que encontra as joga fora. Tirou um papel laminado, desembrulhou e com o pó fez uma carreira esticadinha, linda. Ketamina deixa a gente sair fora do corpo. No mínimo faz esquecer que eu existo. Tira a depressão em segundos. Harry partiu para uma viagem longa.

Em sua cama na jornada causada pelo entorpecimento; “Nosso querido bruxo está de volta à escola de Nóiawarts, estávamos te esperando. Por onde andou? Estava no mundo dos avivados mais uma vez? Vista já seu uniforme”. Ronald Éter e Hermione Ganja sorriram para Harry. As reuniões não serve de nada quando não tem o que planejar. O diretor Alvo Numbledore em sua sala traga e sopra um ar intoxicante de mescalina. Gritando;”Lord Voldemortpico está de volta, mais maligno que antes “.

Harry Podre um bruxo com muito potencial, ele aspira poder. Toda essa magia lhe transpôs um coração envenenado. Lord Voldemortpico assassinara seus pais com uma super dosagem de heroína. A marca que Harry Podre tinha na boca foi um super mesclado que fumou que estava estragado vendido pelo Lord.

Eram oito horas da manhã e Harry voltava da jornada, abriu os olhos e coçou. Levantou caminhando direto para cozinha pôs no copão meio litro de suco de laranja e no prato um Beirute. Pensou consig;”Eu tenho o maior medo dessas coisas de ser normal “. Voltou para o quarto e ligou o PC.

O que não faz morrer o enfraquece. Na deep web encontrou um site de necrofilía aonde passou sua mão no pau e começou a descascar. Para ter algo de sucesso alguém teve que ter iniciativa.

Sente-se absurdamente vazio. Há pouco esteve querendo morrer. Sem saber exatamente o por quê. Sabia em partes. Não queria culpar apenas a parte fisiológica de seu cérebro, gostaria de entender as coisas externas. Não tinha amigos, conhecia pessoas que ajudavam a manter-se, aquele estilo de vida era seu maior bem.

Antecipou seu desejo morbígero, pegou a chave e trancou-se no quarto. Retirou do bunker das drogas uma boa quantidade de crack e atrás do armário uma garrafa de um litro de cachaça. Olhe, quem nunca comeu em abundância leite condensado, nunca irá entender o porquê do viciado. Mas, lembre-se, drogas fazem você perder a memória.

Nada é mais importante do que Deus, mas os excessos te afasta deste caminho. Em qualquer dúvida, corra dos excessos. Harry Podre depois de muitas tragadas e goles se estica na cama e apaga.

O céu de Nóiawarts ressurge de novo e Harry atrasado corre para a sala de aula. Minerva Mcgocarreira quer ensinar seus alunos como usar o canudo mágico. Dizem que a literatura é igual a cocaína porque ela aguça o espírito.

Fim de aula, juntos decidem ir ao quarto de Hermione, queriam fumar. Havia muita maconha e demandava diminuir o estoque para não dar muito na cara. Qual jovem bruxo não gosta de aliviar seu estresse e tensão de maneira fácil?

Harry traga e prende o ar fazendo pressão dando a impressão que sua cabeça fosse explodir. Em transe a imagem translúcida, quase holográfica, Lord Voldemortpico com o coração de Harry na mão direita, levando à boca, arrancando um belo e saboroso pedaço.

Hermione e Ronald olham Harry preocupados. Ele está longe, longe, tão distante. Os espasmos eram evidentes. Continuou distante. Hermione aflitiva correu, pegou o ventilador, ligou em frente ao rosto de Harry. Ronald prestativo foi rápido à geladeira, pegou a garrafa com água, molhou a nuca de Harry e o fez beber. “Harry você está aí? Fala com a gente.” Harry, devagar começa a recuperar-se, voltava de longe “Eu sinto Lord Voldemortpico bem próximo de mim amigos. ” Ronald extasiado “Harry por que você tem sempre as melhores viagens? ”

Harry amanhece vomitando e tossindo. De todas as enfermidades que acometem o espírito, a ressaca é aquela a qual tudo serve de alimento e nada serve de remédio.
Olá, eu sou o Diogo. Aqui eu irei escrever os mais diversos contos, histórias e Poesias. Tenho formação em História, Pedagogia e Tecnologia. Dedicarei este espaço para libertar minha criatividade e minhas angustias. Sou de São Paulo, moro atualmente em Campinas, junto de minha esposa, lugar que vem me encantando muito, . Minhas influências vem dos diversos e mais variados autores e escritores, como; Jack Kerouac, Charles Bukowski, Franz Kafka, Alfred Hitchcock, Stephen King, Bram Stoker, Edgar Allan Poe, Peter Burke, e muitos outros autores e escritores. Não tenho grandes ambições, apenas usar este espaço como passatempo.

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