Alasteir Missioux -diário de um homem atormentado;
1981 ,uma noite clara de outono,eu sorria enquanto ,lia gênesis,uma obra perfeita que mal posso decifrar.
em meia luz as velas ,que mechiam em sua sombra ,formas estranhas que deixariam qualquer um atormentado.
eu sorria sozinho,eu não tinha ninguem alem de um gato acinzentado,minha unica compania.
eu pensava na morte de minha querida ,que se fora em 2 anos ,mas ainda me atormentava ,deixava-me eu fórico.
Diante das velas refletia ,o quão minha querida me fizera feliz,seus cabelos castanhos esvoaçantes e a pele de seda ,
quando lembro-me choro de felicidade ,e o quanto a queria novamente comigo.
Por um instante eu bebera um drink,um cigarro e entre genesis lembrava-se de uma maldita cobra que matou minha eva com seu veneno.eis que agora vivo uma prisão em minha mente ,uma prisão que nem se que sei se me libertarei.
se um sorriso ja basta para derreter minha mente quem dira ,quando lembro-me daquele outono em paris ,
em um barco e uma boa musica ,realizando sonhos de infancia,pareciamos duas crianças perdidos nas estrelas parisienses.
O vento entre as cortidas soprava e eu fui ate a janela ,a lua brilhava ,era enorme ,seus olhos eram como ela,
via seu rosto brilhar,via seu belo corpo nas nuvens ,como esquecer ? quando cantava para mim,com sua doce voz ,
suas mãos delicadas sob o piano? os cachos de uva em minha boca ,quando dizia:"meu deus grego,como te amo" ,eu ria pois nada disso era verdade ,eram apenas suas doces palavras para dar-me animo.
Um barulho,o gato derrubara minha taça ,que molhava a mesa e revelava uma mancha escura ,uma silhuieta de uma mulher ,sua dança entrépida ,que rodava sem parar. os doces bailes que iriamos ,o primeiro encontro. uma lágrima cai,e mistura-se com a bebida.
A cobra aquela maldita cobra não deveria nunca ter aparecido em nossa vida ,em poucos minutos um punhal a atravessava e tirava a vida de minha amada.essas sombras na parede revelam meu ódio,e o desejo de vingar-me .
essas sombras ,esses monstros como podem estar aqui? fico desesperado,temo fugir,olho no espelho e vejo o monstro,vejo a cobra,a maldita cobra ,não resisto ,devo-me vingar-me . em um baú o punhal,um punhal dourado,com pedras vermelhas ,porem afiado,chego de mansinho,e por fim atravesso seu peito dentro do maldito espelho,em seu precioso fim.
conto por: Luciana aparecida Schlei
sob sussuros .
13/10/2020