Mia Couto
Mia Couto, pseudónimo de António Emílio Leite Couto, é um biólogo e escritor moçambicano.
1955-07-05 Beira, Moçambique
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Biografia
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Escritor e jornalista moçambicano, natural da Cidade da Beira (província de Sofala) e filho do poeta portuense Armando Couto. Em 1972, fixou-se em Maputo para seguir estudos de medicina. Viria a interromper o curso em 1974 e a dedicar-se a actividades jornalísticas, sendo sucessivamente director de AIM (Agência Informativa de Moçambique), da revista Tempo e, até 1986, do Jornal Notícias. Em 1983, publicou um livro de poesia, Raiz de Orvalho. Reingressou na universidade em 1985, para concluir o curso de biologia. Em 1986, publicou a sua segunda obra, um livro de contos intitulado Vozes Anoitecidas.
Entre 1987 e 1988, assinou semanalmente uma rubrica de crónicas no Notícias, da qual resultou a publicação do livro Cronicando, que foi prémio anual da Crónica (1988). Na década de 90 assinou um livro de estórias, Cada Homem é uma Raça (1990), o seu primeiro romance, Terra Sonâmbula (1992), um livro de contos, Estórias Abensonhadas (1994), A Varanda de Frangipani (1996), obra que foi transposta para o teatro em 2000, Contos do Nascer da Terra (1997), Vinte e Cinco (1999) e O Último Voo do Flamingo (2000).
No seu trabalho literário dedica-se à descoberta e apropriação da lógica das novas estruturas mentais (muito para além dos vocábulos) de um contexto que tem a língua portuguesa como língua materna, adaptando-a às suas necessidades e, por conseguinte, revestindo-a de uma nova dinâmica. Deste seu esforço de apropriação de novas linguagens resultam diálogos inovadores, no sentido da representação simbólica coloquial. À intensidade com que dá conta dessa dinâmica linguística acresce uma rara sensibilidade de percepção de vivências da realidade moçambicana com o peso de todas as suas contrariedades. Tem várias obras traduzidas em espanhol, francês, inglês, italiano, alemão e sueco.
Foi o vencedor do Prémio Literário Vergílio Ferreira de 1999, atribuído pelo conjunto da sua obra.
Em 2000, Mia Couto publica Mar Me Quer, um livro «para entrar no céu», com ilustrações de João Nasi Pereira. Em 2001, a obra O Último Voo do Flamingo foi distinguida com o Prémio Literário Mário António, instituído pela Fundação Gulbenkian