Heinrich Heine

Heinrich Heine

Christian Johann Heinrich Heine foi um poeta romântico alemão, conhecido como “o último dos românticos”.

1797-12-13 Düsseldorf, Alemanha
1856-02-17 Paris, França
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Heinrich Heine nasceu em Düsseldorf, Alemanha, em 1797, e morreu em Paris em 1856. Chamado ao mesmo tempo de "último Romântico alemão" e de superador e transformador do Movimento, a obra de Heinrich Heine, como tem sido destacado na imprensa brasileira após o lançamento monumental desta antologia organizada por André Vallias, teve uma recepção crítica polêmica, conturbada e dividida. Celebrado, vilipendiado ou simplesmente ignorado, sua obra é um exemplo perfeito do que Ezra Pound diria sobre a poesia de qualidade: ela pode ser ignorada e desprezada por décadas ou séculos, mas cedo ou tarde um leitor, sem ser subornado, a encontrará em uma estante e a colocará novamente em circulação. Mais de 150 anos após a sua morte, Heine é hoje um dos poetas alemães do século XIX mais lidos no país, seuBuch der Lieder (Livro das canções) ainda pode ser encontrado em quase toda residência alemã, e sua influência, direta ou indiretamente, pode ser sentida em vários dos mais importantes poetas germânicos do século XX.
 
Com 544 páginas, o volumeHEINE, HEIN? – Poeta dos contrários (São Paulo: Perspectiva, 2011), com introdução e traduções deAndré Vallias, traz 120 poemas – em edição bilíngue –, dois longos excertos do livroLudwig Börne – Um memorial e cerca de 50 fragmentos extraídos de outras obras em prosa e de sua correspondência. A imprensa brasileira, num momento raro de aparente vigília, tem chamado a atenção para a importância desta publicação no Brasil, mas seria difícil dizer o suficiente para frisar a alegria que é esta boa nova.
 
No Brasil, algo que refletiu a tendência de muitos outros países, sempre se deu mais atenção crítica ao que eu chamaria deala órfica da tradição poética germânica, com poetas como Hölderlin e Novalis, ou, no século XX, a de Rilke e Trakl (distinta da maior parte da poesia expressionista), assim como a de Paul Celan e Ingeborg Bachmann no pós-guerra. Isto talvez explique um pouco o fato de que só agora, em 2011, a obra de Heine receba uma antologia tão abrangente em língua portuguesa, pois Heinrich Heine me parece um dos grandes representantes do que eu gosto de chamar deala telúrica da tradição poética germânica, da qual foi certamente uma espécie de mestre central, mantendo-a viva e equilibrando-se entre a obra dosminnesänger (a versão germânica do trovador medieval), como o grande Walther von der Vogelweide (1170 - 1230), e a obra modernista de poetas como Christian Morgenstern (1871 - 1914) e Bertolt Brecht (1898 - 1956), que certamente aprendeu com asLieder de Heine para seu trabalho dramatúrgico e de composição com Kurt Weill (1990 - 1950).
 
Sempre me pareceram fascinantes alguns dos paralelos entre Heinrich Heine e Bertolt Brecht, simbolizados de certa maneira já pelos seus anos de nascimento e morte: Heine nasce em 1797, Brecht em 1898 - um século separando-os; Heine morre em 1856, Brecht em 1956 - outro século. Entre estes dois mestres alemães e seus séculos, as obras poéticas marcadas pela tradição germânica da poesia oral e cantada, o ativismo político, a paixão pelas Revoluções de seu tempo (a Francesa para Heine, a Russa para Brecht), a resistência a nacionalismos, alguns momentos quase proféticos em suas obras antes das catástrofes, seus exílios forçados.
 
A influência da poesia de Heine pode ainda ser sentida com força no trabalho de autores do pós-guerra, como o austríaco H.C. Artmann e os alemães Helmut Heissenbüttel, Heiner Müller, Elisabeth Borchers e Thomas Brasch, por exemplo. Trata-se de uma tradição à qual temos dado especial atenção aqui naModo de Usar & Co., com artigos e traduções esparsas para vários dos poetas aqui mencionados, autores desta ala telúrica da poesia germânica. É por isso que este verdadeiro presente que André Vallias entregou este ano à poesia em língua portuguesa nos deixa particularmente felizes. Um poeta potente como Heine, vertido e circulando agora em português a partir das traduções realmente excelentes de Vallias, traduções que introduzem o alemão em toda a sua atualidade para o debate poético em língua portuguesa, talvez ajude a trazer equilíbrio e a conter certo pseudo-orfismo tão em moda em certa poesia brasileira contemporânea. A poesia deste alemão judeu, tão consciente da historicidade de seu trabalho com a linguagem, está completamente marcada por seu tempo e contexto histórico, mas é, ao mesmo tempo, uma das obras poéticas mais atuais da língua alemã. Se com ele aprendemos tanto sobre o mundo e tempo em que viveu, Heinrich Heine parece-me um dos poetas menos datados dentre seus companheiros, tenham vindo antes ou depois dele. Esta antologia é motivo de celebração.
 
 
--- Ricardo Domeneck
 
 
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