Francisco Sá Carneiro
Francisco Manuel Lumbrales de Sá Carneiro GCTE • GCC • GCIH • GCL foi um advogado e político português, fundador e líder do Partido Popular Democrático/Partido Social Democrata, e ainda primeiro-ministro de Portugal, durante cerca de onze meses, no ano de 1980.
1934-07-19 Porto
1980-12-04 Camarate
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Advogado. Político. Logo após a conclusão da licenciatura na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, iniciou o exercício da advocacia, ao mesmo tempo que colaborava em revistas jurídicas. Desempenhou um papel de relevo no Movimento dos Casais Católicos. Em 1969, aceita integrar as listas da União Nacional às eleições legislativas, tendo sido subscritor de um comunicado conjunto, com três outros candidatos pelo círculo do Porto, cujo conteúdo afirmava a desvinculação das linhas de orientação política do governo de Marcelo Caetano e afirmava a vontade de construção da democracia em Portugal. Durante a XI legislatura da Assembleia Nacional, Francisco Sá Carneiro destacou-se pelas inúmeras e enérgicas intervenções parlamentares enquanto animador da então designada «Ala Liberal», a qual incluía nomes como Miller Guerra e Francisco Pinto Balsemão. Em Janeiro de 72 renuncia ao mandato de deputado, por imperativo de dignidade. Regressa à advocacia, assume a direcção da Revista dos Tribunais e retoma a colaboração na imprensa, designadamente no Expresso com a coluna «Vistos». Após a revolução de 25 de Abril de 1974, Sá Carneiro volta à política e funda com Pinto Balsemão e Magalhães Mota o Partido Popular Democrático (PPD), mais tarde, em 1976, designado Partido Social Democrata (PSD). Secretário-geral do PPD, integrou o I Governo provisório, chefiado por Palma Carlos. Candidato à Assembleia Constituinte, foi eleito em Abril de 75. A falta de saúde impõe-lhe uma estadia em Londres. De regresso a Portugal, é reconduzido nas funções de secretário-geral do seu partido. Deputado eleito nas legislativas de 1976, é escolhido para líder do grupo parlamentar do PSD e, meses mais tarde, é eleito presidente do partido. Profundas divergências com alguns dirigentes do PSD ditam o seu pedido de demissão de presidente, em 1977. Em Julho de 79 forma com Freitas do Amaral (CDS - Centro Democrático Social) e Ribeiro Teles (PPM - Partido Popular Monárquico) a Aliança Democrática, coligação que viria a ganhar as eleições de 1979. Toma posse como primeiro ministro em 1980. Vítima de acidente de aviação, morre a 4 de Dezembro de 1980.