Vicente Aleixandre

Vicente Aleixandre

Vicente Pío Marcelino Cirilo Aleixandre y Merlo foi um poeta espanhol. Seu primeiro livro, chamado "Âmbito", foi publicado em 1928. Recebeu o Nobel de Literatura de 1977.

1898-04-26 Sevilha, Espanha
1984-12-14 Madrid, Espanha
6230
0
2


Prémios e Movimentos

Nobel 1977

Alguns Poemas

NO FUNDO DO POÇO

Além, no fundo do poço onde as pequenas flores,
onde as lindas margaridas não vacilam,
onde vento não há ou perfume de homem,
onde jamais o mar impõe sua ameaça,
ali, ali se esconde o silêncio,
qual rumor afogado por um punho.

Se uma abelha, se uma ave voadora,
se esse erro jamais previsto
se produz,
o frio permanece.
O sono vertical fundiu a terra
e já o mar é livre.

Talvez uma voz, ou mão, já solta,
um impulso para o alto aspire à luz,
à calma, à tibieza, a esse veneno
de um afago na boca que se afoga.

Porém dormir é tão sereno sempre!
Sobre o frio, sobre o gelo, sobre uma sombra na face,
sobre uma palavra hirta e, mais, já proferida,
sobre a mesma terra sempre virgem.

Uma tábua ao fundo, oh poço inúmero,
essa lisura ilustre a comprovar
que um corpo é contacto, frio seco,
sonho sempre, ainda que a fonte esteja cerrada.

Podem passar já nas nuvens. Ninguém o sabe.
Esse clamor... Existem as campânulas?
Recorda-me que a cor branca ou as formas,
recorda-me que os lábios, sim, até falavam.

Era o tempo cálido. - Luz, sacrifica-me!
Era então quando o súbito relâmpago
se detinha, suspenso, feito de ferro.
Tempo de suspiros ou entrega,
quando as aves nunca perdiam a plumagem.

Tempo de suavidade e permanência;
os galopes incontidos no peito,
cascos que não se detinham, revoltos.
As lágrimas rodavam como beijos.
E era sólida no ouvido a memória dos sons.

Assim a eternidade era o minuto.
O tempo, apenas imensa mão
suspensa entre os cabelos.

Oh sim, neste fundo silêncio ou umidade,
sob as sete capas do céu azul, eu ignoro
a música filtrada em gelo súbito,
a garganta que se precipita sobre os olhos,
a íntima onda que se aninha sobre os lábios.

Adormecido como uma tela,
sinto crescer a relva, o verde suave
que inutilmente aguarda curvar-se.

Um punho de aço sobre a relva,
um coração, um joguete esquecido,
uma clave, uma lima, um beijo, um vidro.

Uma flor de metal que assim impassível
sorve da terra o silêncio ou a memória.

New Poetic Visions: Vicente Aleixandre
Biografía de Vicente Aleixandre
La casa de Vicente Aleixandre
Taller de poesía #LdeLírica l Vicente Aleixandre: Bio, análisis de poemas y propuestas de escritura
Lit179. VICENTE ALEIXANDRE (1de3)
Vicente Aleixandre. De Velintonia al cielo
Vicente Aleixandre: "El más bello amor" (un poema de amor diferente)
Interpretación del poema «El frío» de Vicente Aleixandre, en La destrucción o el amor
Interpretación del poema «La realidad» de Vicente Aleixandre, en Historia del corazón
VICENTE ALEIXANDRE
Vicente Aleixandre habla sobre García Lorca.flv
Vicente Aleixandre galardonado con el Premio Nobel de Literatura - Entrevista poeta español (1977)
Vicente Aleixandre con Ernesto Sábato en Velintonia (noviembre de 1977)
Vicente Aleixandre: Poesía de comunión con el Universo y de comunicación con el Hombre.
LA MUERTE VICENTE ALEIXANDRE por Pepe Mediavilla
Velintonia, la casa olvidada de Vicente Aleixandre
La Generación del 27 | El poeta Vicente Aleixandre, Nobel de Literatura
Vicente Aleixandre, poeta del materialismo idealista, según la Crítica de la razón literaria
La casa olvidada de un Vicente Aleixandre, Nobel de Literatura
Vicente Aleixandre - Ven, siempre ven
Un poco sobre Vicente Aleixandre
TEN ESPERANZA (Vicente Aleixandre)
Clasificación de la poesía de Vicente Aleixandre según la Crítica de la razón literaria
Vicente Aleixandre - Visitar todos los cielos. Cartas a Gregorio Prieto
Palladio - Orquesta Vicente Aleixandre
CORO VICENTE ALEIXANDRE
Diferencias. Orquesta Vicente Aleixandre
CORO VICENTE ALEIXANDRE VALDEMORO
Orquesta Vicente Aleixandre. Resumen actuación.
Vicente Aleixandre - Se querían
El ateísmo de Vicente Aleixandre en el poema «Primera aparición»
Vicente Aleixandre - Vida
Marcha turca - Orquesta Vicente Aleixandre
Lipdub Vicente Aleixandre
Olas del Danubio - Orquesta Vicente Aleixandre
CORO VICENTE ALEIXANDRE
Vicente Aleixandre. Poema: "La Luz"
La vida breve. Orquesta Vicente Aleixandre
Vicente Aleixandre - Cobra
Introducción a Sombra del Paraíso de Vicente Aleixandre: «Los poetas»
Vicente Aleixandre - Yo te he querido como nunca
El bateo. Federico Chueca. Orquesta Vicente Aleixandre
Serenata mexicana. Orquesta Vicente Aleixandre.
Orquesta Vicente Aleixandre. Antonio Vivaldi. Invierno
Vicente Aleixandre - romance
Convivencia y mucha literatura entre el ‘Vicente Aleixandre’ y el ‘Ciudad de Ceuta’
Emotiva graduación de Primaria en el Colegio Vicente Aleixandre
Concierto en Do Mayor para Mandolina y Orquesta - Orquesta Vicente Aleixandre
Interpretación del poema titulado «El poeta» de Vicente Aleixandre, en Sombra del Paraíso
A Gray Barn Rising: Vicente Aleixandre

Quem Gosta

Seguidores