A Ilusão do Sapo
A Alf. Castro
Aos pinchos, pela sombra, indolente e moroso,
O batráquio estacou do grande poço à borda,
E um momento quedou, como quem se recorda,
Surpreso ante a visão do tanque silencioso.
Ao fundo, onde do céu, que de nuvens se borda,
Reflexa a imagem vê — pelo céu luminoso
Vê da Lua pairar o áureo disco radioso:
E o disforme animal de júbilo transborda...
Um momento quedou, mudo e perplexo. Ao centro,
A tentá-lo, a ilusão do astro de ouro flutua,
E o monstro eis que se arroja, a súbitas, lá dentro!
E a água convulsionou-se entre encíclias ondeantes,
Num naufrágio de luz em que perece a Lua
Dissolvida em rubis, topázios e diamantes.
Aos pinchos, pela sombra, indolente e moroso,
O batráquio estacou do grande poço à borda,
E um momento quedou, como quem se recorda,
Surpreso ante a visão do tanque silencioso.
Ao fundo, onde do céu, que de nuvens se borda,
Reflexa a imagem vê — pelo céu luminoso
Vê da Lua pairar o áureo disco radioso:
E o disforme animal de júbilo transborda...
Um momento quedou, mudo e perplexo. Ao centro,
A tentá-lo, a ilusão do astro de ouro flutua,
E o monstro eis que se arroja, a súbitas, lá dentro!
E a água convulsionou-se entre encíclias ondeantes,
Num naufrágio de luz em que perece a Lua
Dissolvida em rubis, topázios e diamantes.
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