Canção para o Amigo Dormindo
(Em memória de SÉRGIO CAMPOS)
O pranto no rosto triste
enevoou teu sorriso
maltratou o teu silêncio
navegou no teu mar alto.
Pressentidos, os mistérios
foram todos desvendados
nos escaninhos da ofensa
que a vida inteira guardaste
como troféu, como glória,
como porto mais seguro
no berço da solidão.
E a morte bebeu-te inteiro
- flor consumida de arrimos
ao segredo de teu rumo -
foste chamado à resposta.
E eis que te busco e desvelo
nesse mirar de exilado:
trago boninas, de leve,
e um beijo puro aos teus dedos
que transitaram poemas.
O pranto no rosto triste
enevoou teu sorriso
maltratou o teu silêncio
navegou no teu mar alto.
Pressentidos, os mistérios
foram todos desvendados
nos escaninhos da ofensa
que a vida inteira guardaste
como troféu, como glória,
como porto mais seguro
no berço da solidão.
E a morte bebeu-te inteiro
- flor consumida de arrimos
ao segredo de teu rumo -
foste chamado à resposta.
E eis que te busco e desvelo
nesse mirar de exilado:
trago boninas, de leve,
e um beijo puro aos teus dedos
que transitaram poemas.
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