O Dia
No dia
um grande estrondo romperá o céu
e não será o trovão trazendo a chuva
No dia
um calor do inferno nos envolverá
e com certeza não será de abraço
No dia
um guarda-chuva nos dará a sombra
dos cogumelos do "País das Maravilhas"
No dia
o fogo nos fará másacaras sobreviventes
e não para princar no carnaval
No dia
o pânico e a morte serão nossos convivas
e o ágape servido será dor e veneno
No dia
e após o dia
a vida irá sumindo lentamente
e cheios de medalhas
os cus dos generais apodrecendo
(In: Alguma Poesia Jornal n. 2 ano II julho/setembro 1985, Rio de Janeiro)
um grande estrondo romperá o céu
e não será o trovão trazendo a chuva
No dia
um calor do inferno nos envolverá
e com certeza não será de abraço
No dia
um guarda-chuva nos dará a sombra
dos cogumelos do "País das Maravilhas"
No dia
o fogo nos fará másacaras sobreviventes
e não para princar no carnaval
No dia
o pânico e a morte serão nossos convivas
e o ágape servido será dor e veneno
No dia
e após o dia
a vida irá sumindo lentamente
e cheios de medalhas
os cus dos generais apodrecendo
(In: Alguma Poesia Jornal n. 2 ano II julho/setembro 1985, Rio de Janeiro)
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