O Metropolitano

Num rosto
Nasceu e faleceu
Um sorriso
Que riu e ruiu.

Um Sol
Caído e ferido,
Astro-rei
Queimado, gelado.

Mas é assim que acaba tudo,
Sem saber aquilo que poderias ter alcançado,
O teu olhar tornou-se mudo,
Desconhecido um paraíso que jaz inexplorado.

Olhos sem brilho,
De luz despidos,
Nem caminho nem trilho,
Hotéis escuros...
Impuros...

Horror em tudo o que vês...
Olhos e caras,
Foges e páras,
Sombras e luzes,
Pregos e cruzes...

O som do martelo,
Tão suave, tão belo,
Apenas mais uma crucificação,
Apenas outra só razão
Para esquecer...
Para adormecer...

O túnel, o clarão,
Pensamentos, sentimentos a brotar,
O chiar e o trovão,
Tão poucos momentos, tanto para dar...

Em sangue um sol... não se tornará a erguer, infeliz...
Pedaços de algo outrora eterno são cadáver nos carris.

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